15 | Ore.

135 37 83
                                    

─ Por que está me olhando como se eu tivesse perpetrado alguma atrocidade? ─ questionou Damien com um sorriso que se espalhava em seus lábios

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

─ Por que está me olhando como se eu tivesse perpetrado alguma atrocidade? ─ questionou Damien com um sorriso que se espalhava em seus lábios.

Desde que havia eliminado aquele corpo sem vida por completo, sua expressão não parecia séria.

Olhei-o incrédula, buscando compreender qual era a graça de tudo aquilo.

─ E não o fez? ─ indaguei. ─ Você o matou sem temer que alguém chamasse a polícia.

─ É exatamente por essa razão que detive o tempo. As pessoas esquecerão disso tão rapidamente quanto viram ─ alegou Damien. ─ Eu pensei que tivesse compreendido tudo. Mas nunca vi uma humana tão ingênua quanto você. Mesmo que possua uma mente limitada, é tão bela que me faz esquecer tal fato.

Minha boca entreabriu-se por um momento, para em seguida se fechar novamente.
Eu buscava as palavras adequadas para abordá-lo de todas as maneiras possíveis.

─ Eu não queria acreditar, mas você... ─ hesitei por um instante antes de me recompor. ─ É algum tipo de vampiro? Como colocou fogo naquele homem?

Senti um aperto firme sobre minha ferida, porém, quando Damien pareceu retornar à realidade, parou e fitou meu braço com apreensão.
Aquele que disse que não me machucaria agiu sem pensar duas vezes.

─ Como ousa me comparar a sanguessugas nojentos? ─ Seu olhar se endureceu, e então ele cessou a limpeza de minha pele, jogando-me algodões. ─ Pela segunda vez sou gentil com um humano e isso é o que ganho em troca? Essa comparação vulgar?

Ele virou as costas, dirigindo-se à outra porta do armário. Abriu-a e, dessa vez, não retirou uma nova caixa de primeiros socorros, mas uma garrafa de bebida, como se vivesse neste lugar e tivesse todo o direito de vasculhar armários alheios sem permissão.

─ Desculpe, mas eu precisava adivinhar, caso contrário, não seria nada. ─ respondi. ─ Devo compará-lo a um goblim?

Ele gargalhou alto e, de alguma forma, toda aquela conversa estava desviando toda a minha atenção das cenas anteriores.
Será que Deus me ouviu e fez com que, de alguma forma, eu pudesse esquecer tudo isso como se nada tivesse acontecido, apenas com uma conversa com Damien?

─ Demônios existem, mas isso não significa que deva fantasiar excessivamente ─ ele afirmou.

Permaneci em silêncio, ponderando seriamente sobre o assunto.
Então ele realmente estava dizendo a verdade sobre ser o diabo?

Eu me vi envolvida em um encontro sombrio e perigoso, onde o prazer e o medo se entrelaçavam em uma linha tênue.
O demônio à minha frente não me amedrontava, isso por causa de sua beleza, mas sim ja suas ações...

TURPITUDO | + 18Where stories live. Discover now