ESTE LIVRO É UM DARK ROMANCE 🚨
[PLÁGIO É CRIME!]
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No meio de uma efervescência de uma despedida de solteiro, 𝗔𝗻𝗴𝗲𝗹𝗶𝗾𝘂𝗲 𝗝𝗼𝗻𝗲𝘀 acaba tendo sua alma seduzida e marcada por um homem misterioso e egocêntrico.
O que deveria ter sido ap...
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Eu sempre me desligava do conteúdo do professor e fixava meus olhos em um determinado ponto vazio no fundo da sala, próximo ao teto. Era como se minha mente se transportasse para outro universo, alheia às teorias e explicações que o professor empreendia tanto esforço para compartilhar conosco.
Fui trazida de volta à realidade pelo estridente toque do sinal ressoando em meus ouvidos. Ou, pelo menos, isso tinha ocorrido alguns segundos antes, pois quando olhei ao redor, percebi que o último aluno ─ exceto por Chris e eu ─ já havia saído pela porta da sala, deixando-nos a sós com o professor, que organizava seus materiais em um ritmo inexplicavelmente lento.
Antes que Christian tivesse a chance de mencionar que eu estava mais uma vez perdida em meus pensamentos, quando, na verdade, eu estava apenas me questionando sobre as idas e vindas de Damien, olhei nos olhos de Chris e ofereci um de meus sorrisos tranquilizadores. Era assim que eu queria que ele se sentisse naquele momento, calmo e sem a necessidade de questionar minhas inquietações internas, porque apenas eu era capaz de compreender tudo aquilo.
─ Deseja se sentar lá atrás ou algo do tipo? ─ ele perguntou, sorrindo.
─ Bom, me parece um lugar interessante, não acha? ─ intervi.
─ Não tenho certeza se posso afirmar isso, mas se é isso que você pensa. ─ Chris respondeu, direcionando seu olhar para o fundo da sala. ─ É alto o suficiente para ter a atenção total do professor, mas também é distante o bastante para não enxergar absolutamente nada. Tem certeza?
─ Talvez eu tente amanhã, quem sabe ─ dei de ombros.
Se eu me sentasse no fundo, talvez Damien viesse até aqui. Ou não? Será que ele reapareceria novamente?
Se eu tivesse a mínima chance de trazê-lo rapidamente até mim, talvez eu devesse pensar em uma estratégia para atrai-lo.
Dado o seu jeito peculiar, a forma tradicional de fazê-lo parecer não seria eficaz. Talvez fosse necessário recorrer a algo sobrenatural, como uma invocação. Mal podia acreditar que essa ideia estava passando pela minha mente. Entre todas, essa era a mais ousada.
Mas e se funcionasse? No entanto, e se eu invocasse o demônio errado? Ele poderia se esconder, mas, dessa forma, ele não poderia fugir.
Se eu precisasse me envolver com o sobrenatural ou adentrar em seu mundo para conseguir falar com ele, assim o faria.
─ Você sabe que esse papo de sentar no fundo não cola comigo, certo? ─ indagou Christian, interrompendo meus devaneios. Meu olhar, antes desfocado, logo se fixou inteiramente nele. ─ Você não é do tipo que faz isso.
A maneira como ele me conhecia tão bem me irritava profundamente. Embora eu tentasse agir em silêncio, seria difícil passar despercebida aos olhos perspicazes de Christian.
