29 | Plano.

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Além de tê-lo em minha vida como algo extremamente benéfico, também era torturante não saber onde Damien estava ou o que exatamente ele andava fazendo durante todo o dia, tão torturante que ele sequer apareceu para me dar seu número, como havia pr...

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Além de tê-lo em minha vida como algo extremamente benéfico, também era torturante não saber onde Damien estava ou o que exatamente ele andava fazendo durante todo o dia, tão torturante que ele sequer apareceu para me dar seu número, como havia prometido, assim que nos reencontrássemos. Mas, nesse meio tempo, o fato de ele não ter aparecido em menos de duas ou três horas estava começando a me preocupar.

Meu corpo sentia sua falta, eu não queria que ele simplesmente desaparecesse para sempre. Por mais que soasse clichê, eu estaria mentindo a mim mesma se negasse o quão bem me sentia quando ele estava presente. Não era como semana passada, quando o conheci. Quem eu estava tentando enganar? Eu estava me tornando alguém que meu pai nunca imaginou que eu seria: uma jovem que está desafiando sua religião por estar quase me entregando a um demônio cruel o suficiente para matar.

Suspirei. Essa já era a quinta vez? Não, talvez fosse a décima vez que eu pensava em Damien somente hoje. E, por causa disso, acabei colocando suco em meu copo o mesmo número de vezes que pensei nele, o mesmo número de vezes que fiquei ansiosa em um só dia. Lembrei das palavras de Christian de que eu deveria parar de consumir tanto café, então, decidi optar pelo suco.

Fixei meus olhos no líquido gotejando no copo. Eu estava sozinha no apartamento, Liliya estava na casa do noivo. Tentei convencê-la a não ir porque já estava tarde ─ era apenas uma desculpa que arrumei para tentar persuadi-la. ─ Mas não deu muito certo, ela respondeu algo como: “Não quero ficar em casa sozinha.” E resolveu ir. Uma pena que eu não pude resolver esse problema para ela, já que tinha um compromisso com Poppy essa noite.

Ainda não tínhamos decidido o lugar onde iríamos gastar o nosso tempo, mas sairíamos juntas. Eu estava esperando por ela e, enquanto ela não chegava, decidi tomar o suco e deixar meus pensamentos serem consumidos pelo demônio irresistível.

Coloquei a jarra de suco no balcão e peguei o copo, bebendo-o devagar. O elevador apontou que alguém escolheu o andar da minha irmã, então imaginei que fosse Poppy. Foi realmente rápido.

Coloquei o copo no balcão e decidi guardar a jarra na geladeira. Assim que fiz isso, o elevador parou, e sorri esperando Poppy sair de lá tão deslumbrante quanto ontem, quando fui até sua casa de manhã. Porém, Christian apareceu casualmente caminhando em minha direção após sair do elevador. Um sorriso se formou em seus lábios, e sua língua brincava novamente com o piercing em seu lábio inferior.

─ Por que você está aqui? ─ perguntei rapidamente.

─ Por você, é claro. ─ Ele disse, colocando a mão em sua jaqueta de couro. ─ Vim te buscar.

Franzi o cenho, confusa, e ele continuou se aproximando até ficar próximo o suficiente para que a única coisa que nos impedisse de estar mais próximos fosse a bancada.

─ Christian, você não pode simplesmente entrar assim. ─ Falei, cruzando os braços. ─ Este apartamento ainda pertence à sua ex.

Eu queria tocar no assunto do término dos dois, assunto que foi comentado com outras pessoas, mas não comigo. Minha irmã não gostava de ser tão sincera comigo? Eu ainda me perguntava constantemente por que ela não havia me dito, principalmente meu melhor amigo, que não disse uma palavra sobre o assunto. Talvez ela tenha soltado a informação quando estava bêbada e não se sentiu confortável para discutir isso enquanto estava sóbria.

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