30 | Adrenalina - Parte I.

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Recordo-me nitidamente de como puxei Christian pelo braço, sem proferir uma palavra sequer, e ele não fez questão de insistir sobre a presença de Poppy ali, naquele lugar de atmosfera eletrizante

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Recordo-me nitidamente de como puxei Christian pelo braço, sem proferir uma palavra sequer, e ele não fez questão de insistir sobre a presença de Poppy ali, naquele lugar de atmosfera eletrizante. Era evidente que eu guardaria aquelas informações para mim mesma, pelo menos até o momento em que nos deparássemos com a jovem. Não havia espaço para revelações abruptas enquanto Poppy circulava pela área frequentada pelos traficantes.

Vencendo a rampa por onde ela passara, desviando habilmente das pessoas que se movimentavam ao som da música eletrônica, Christian se posicionou à minha frente, segurando firme a palma da minha mão, indicando o caminho por entre a multidão. Meus olhos buscavam incessantemente cada canto daquele ambiente pulsante. Após explorarmos praticamente todo o segundo andar sem sucesso, ele me guiou para cima, à medida que avançávamos, avistamos seguranças na rampa que levava ao terceiro andar. Contudo, tal obstáculo logo se tornou irrelevante quando Chris sussurrou algo ao ouvido de um deles, o que provocou um arquear de sobrancelhas instantâneo de minha parte.

Os seguranças permitiram a nossa passagem com incrível facilidade, e, em questão de segundos, alcançamos o terceiro andar daquele galpão abarrotado de pessoas. Felizmente, aquele nível abrigava apenas alguns poucos indivíduos, que geralmente ascendiam, saíam com alguém e prontamente retornavam.

Senti o impulso de Chris me arrastando em uma direção específica, e, ao fitar naquela direção, percebi que não se tratava de um trajeto qualquer. Era o exato ponto onde Poppy se encontrava, visivelmente desejosa de partir, impedida apenas por três indivíduos, todos adornados com tatuagens, piercings e semblantes atraentes.

Paramos atrás de um deles, posicionado no centro, e, ao perceber nossa presença, ele se virou na nossa direção. Encarou Christian e logo estampou um sorriso jocoso no rosto.

─ Ei, irmão! ─ cumprimentou ele, seus olhos deslizando velozmente na minha direção. ─ Surpreendente a quantidade de beldades nesta festa, não concorda?

Christian apertou minha mão, indicando-me que a partir daquele momento deveria manter a atenção aguçada, embora minhas chances de confrontar aquele indivíduo fossem praticamente nulas, dado sua estatura imponente e aparente força física.

─ Dave, ela está comigo ─ apontou Christian rapidamente para Poppy com a cabeça.

O tal Dave, assim nomeado, lançou um olhar de soslaio para ela antes de voltar sua atenção para Christian, exibindo um sorriso de incredulidade.

─ Por que será que só você se diverte com as mais encantadoras? ─ Ele cruzou os braços. ─ Deixem-na em paz.

Os demais presentes acataram prontamente a ordem de Dave, como cães obedecendo a seu dono. Era, de fato, um ambiente regido por códigos de lealdade e submissão.

TURPITUDO | + 18Where stories live. Discover now