Capítulo 43

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Dominic Pov

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Dominic Pov

Nenhuma sombra de remorso se manifesta em relação a essa mulher. Existe algo em mim que se recusa a nutrir qualquer sentimento de raiva por ela se auto preservar. Admito que as vezes  quero ceder aos meus instintos de tomá-la usando minha dominância e isso vem do meu desejo egoísta de tê-la exclusivamente para mim e agora, com seu corpo pressionado contra o meu, percebo claramente o motivo de tal ambição. Lisabel é viciante, como uma droga da mais pura qualidade; apenas ao olhar a embalagem, já sinto a tentação de provar! A coelhinha tímida, adorável e medrosa, me tomou para si, um fato inegável.

Mesmo que essa não tenha sido sua intenção, é algo que ela realizou, e esse beijo, por mais passivo que seja da parte dela, é perfeito, não me importo de fazer todo o trabalho. Infelizmente, precisei me obrigar a afastar-me para que a pequena pudesse respirar.
Seus olhos grandes, refletindo as cores do outono, se fixam em mim. Pela primeira vez, não há vestígios de medo neles. Embora eu não compreenda completamente o que seu olhar simboliza, sei que não é medo. É como se a paleta de tons terrosos em seus olhos narrasse o início de uma história de confiança e entrega.

Seu peito sobe e desce em euforia, revelando a intensidade do momento que compartilhamos. Foram apenas alguns segundos, mas no calor daquele beijo, conseguimos extrair um tanto de ar significativo de seus pulmões e um pouco dos meus também. O ar ao redor pareceu tornar-se mais denso, como se o beijo tivesse o poder de alterar a própria atmosfera, criando um espaço exclusivo onde o tempo parecia esticar-se para prolongar aquele instante encantador, isso significa que sua coelha inteiro me quer tanto quando Bernard a quer.

Lisabel _ Você... Eu... Nós... _ Ela diz, desnorteada, os dedos de sua mão direita tocando de forma incrédula seus próprios lábios. Esse simples ato intensifica o desejo do meu urso interior por ela, seu encanto provocante parece me tentar de tantas formas. Agarro seu pulso, afastando-os de seus lábios, e sem as mesmas cerimônias de antes, a puxo para mais um beijo. Desta vez, é um beijo mais ardente, repleto de luxúria e calor, como se a chama entre nós tivesse sido avivada pela incontrolável paixão do momento. Submissa ao agora, ela não se afastou de mim, só permaneceu lá com sua língua tentando acompanhar a minha, ela parece estar realmente se esforçando e isso torna tudo mais exitante, me agarro mais ao seu corpo, transferindo meus lábios para o seu pescoço, judiando do mesmo... _ Dominic... _ Geme de forma manhosa e se em algum momento eu tentei me controlar para não ficar excitado, não me lembro...

_ Eu poderia te marcar aqui e agora... _ Sussurro em seu ouvido, tudo que eu quero agora é que ela permita isso, mas minha fala exitada causo um efeito não desejado, ela trouxe Lisabel de volta para a realidade. A mesma se afastou de mim, interrompendo minhas carícias e trazendo a incerteza de volta pro seus olhos, que me olham de cima a baixo, parando por alguns segundos em meu membro, por um vislumbre, acho que a vi regalar os olhos, o que me fez sorrir orgulhoso, porém meu sorriso é arrebatado por sua hesitação... _ Se você não quiser tudo bem, sabe que não vou te obrigar a na... _ E ela fez de novo, se transformou em coelha e saiu correndo não deixando terminar minhas doces palavras, o que me tranquiliza é o fato de ela está indo em direção a nossa casa, é realmente adorável o jeito que ela corre! Vou em direção ao lago e me jogo com tudo, dando um raso mergulho e voltando a superfície, apesar de ela ter fugido bem na melhor parte eu estou muito feliz... _ Eu te amo Lisabel! Você me levou ao Outro Mundo só com seus lábios doces como chocolate! _ Grito em plenos pulmões, tão alto que ela com toda a certeza do mundo ouviu minha jura de amor, ela e talvez todos do meu território! _ Não se esqueça de se agasalhar! E tome algo quente para esquentar o corpo! _ Grito minhas últimas recomendações e em seguida me deito sobre água, boiando, aproveitando o que o dia tem a oferecer a mim...

Narração Pov

Na quietude do ambiente gélido, o jovem urso polar, dominado pela paixão, fecha os olhos e se entrega à sensação do lago congelante abraçando seu corpo. Seu coração, aquecido pelo calor do momento íntimo com Lisabel, pulsa com intensidade, criando uma harmonia única com a frieza circundante. Dominic, envolto nesse contraste, está tão feliz e extasiado que lágrimas de alegria, como cristais líquidos, ousam deslizar por suas bochechas, testemunhando a celebração íntima entre o urso polar e a coelha. Ele estava inegavelmente correto em duas instâncias: Lisabel não apenas ouviu suas juras de amor, mas outros também foram espectadores dessa confissão. Além disso, fragmentos mesquinhos de seu passado, antes guardados nas sombras, emergiram por motivos que Dominic nunca sequer pensaria, revelando camadas inesperadas não só de sua história, mas também da sua família. Enquanto Lisabel voltava eufórica para a casa de seu companheiro, envolvida na sua timidez se perguntando freneticamente "o que eu fiz?"

Alguns quilômetros dali Edmundo Nikolaevich Godunov, parou seu carro no meio da estrada após ouvir os gritos apaixonados de seu velho amigo do ensino médio, o urso pardo de um metro e oitenta e cinco, saiu do carro, fazendo seus homens que estão divididos em outros dois automóveis saírem também, os mesmos aguardavam qualquer ordem do seu supremo. O russo dotado de uma ótima audição e um olfato melhor ainda, caminhou calmamente até a fronteira da divisa do território de Dominic e antes mesmo de cruzar ele rastreou todos os aromas que seu nariz detectou...

Edmundo _ Parece que uma horda de coiotes e ursos polares decidiu fazer um passeio para a terra da fábrica de bebês, sinto o odor de seres que jamais pisaram neste local antes de eu voltar a morar na Rússia. Obviamente, como não visito este lugar desde a minha adolescência, é óbvio que muitas mudanças ocorreram. Até consigo perceber o aroma de espécies que, francamente, não existiam por aqui antes, como se o lugar tivesse evoluído na minha ausência. Sinto até o cheiro delicioso de presas fácies... _ O moreno deu mais uma fungada no ar, sentindo tudo que o território tinha a lhe mostrar... _ Temos algumas lontras, alguns tipos de aves, sinto o cheiro de um pequeno rebanho de ovelhas, que sorte! Meu velho amigo tem ovelhas... _ Com um estalar de dedos e um apontar condescendente ele chamou um de seu subordinados, logo sussurrando em seu ouvido para rondar o rebanho de ovelhas mais ao leste, o mesmo atravessou a fronteira obedecendo o seu supremo, Edmundo inspirou profundamente novamente, em busca de qualquer nuance que aquela terra tinha a oferecer. _ Uma coelha? Por essas bandas? Acho que tem um bichinho perdido!

Continua...

LisabelWhere stories live. Discover now