➵ 5. Power Games

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Calina Sartori
Dias atuais...

— Deveríamos conversar... — Me aproximei dele sentando ao seu lado cruzando minhas pernas e rapidamente uma de suas mãos tocou minha coxa.

— Você está deslumbrante, Calina.

— Quando vai parar com seus joguinhos? — Levei o copo de whiskey que ele estava bebendo até os meus lábios sentirem o líquido descer pela minha garganta queimando.

— Não estou jogando, querida. — Soltei uma leve risada ao ouvi-lo dizer o apelido que usávamos em nosso relacionamento, ainda mantendo meu olhar sobre o seu rosto. — Por quê? Você quer jogar, Calina?

Suas provocações quase me levavam ao limite. Nos conhecemos em um maldito jogo de provocações e desde então ele sempre acha que tem algum poder sobre mim. Passei o olhar ao redor deixando o ar invadir meus pulmões e parte da minha irritação me dominar. Esse maldito jogo que sempre me arrasta para coisas que eu não consigo ter controle. Mas dessa vez não seria como há seis anos atrás. Adrenalina não é mais algo que me controle, que me vicie. Pelo menos é isso que eu tenho tentado colocar na minha cabeça durante todos esses malditos dias.

— Quer mesmo continuar? — Agarrei a sua mão a trazendo até a barra do vestido fazendo ele o levantar levemente revelando a minha coxa bronzeada.

Estamos na beira de um precipício nesse exato momento. Não estou perdendo o controle, estou longe de voltar a me deitar com ele. Não depois de toda a merda que ele causou, mas não posso deixar de gostar quando estou no ápice do controle. Não consigo evitar me sentir excitada quando alguém me deseja, me enaltece com apenas um olhar. Ser tocada, poder tocar, sentir essa sensação avassaladora me faz querer cada vez mais. Mesmo sabendo que não deveria, mesmo sabendo que não vai valer a pena no final da noite. Muitas vezes essa sensação me consome e quando eu olho para mim mesma nem sequer me reconheço.

Estreitei bem o olhar o vendo me analisar meticulosamente. Provavelmente sua mente girando em torno de nós dois deitados em uma cama, transando como todas as nossas loucuras de amor. Mas como em um tilinto me lembro de tudo, das traições, das mentiras, e principalmente o motivo de eu estar aqui a princípio.

— É melhor parar com a porra das mensagens. — Me levantei fazendo sua mão chocar contra a mesa indo em direção ao copo de whiskey o derrubando.

— Do que você está falando? — Me virei em sua direção olhando sua expressão totalmente confusa. — Que mensagens? Droga Calina, esse relógio é caro.

— Não se faz de idiota, Blake. É meu primeiro e último aviso, não tenta me fazer perder o controle ou você sabe exatamente o que eu sou capaz de fazer com você. — Antes que eu me afastasse ele segurou o meu braço me fazendo voltar a encará-lo.

— Está me ameaçando? — Sua expressão já não estava confusa, ele estava com raiva, irritado com o fato de ter perdido o poder da situação mais uma vez.

— Se isso for uma ameaça para você... Sim, eu estou! Pare de me perseguir ou eu vou foder com a porra da sua cabeça. — Ele começou a dar risada, uma risada que eu definitivamente odeio mais que qualquer coisa no mundo. Me menosprezando lá no fundo, mas agora ele não tenta nem sequer disfarçar. É evidente em seu olhar o quanto ele me acha um nada.

— Por que eu iria perseguir você, Calina? Eu terminei da melhor forma possível... — A bebida já não estava mais fazendo efeito, estava me fazendo perder o pouco de sanidade que eu tinha. — Me diz, por qual motivo eu iria perseguir você?

— Eu não sei porra! Se eu soubesse não estaria aqui. Eu apenas estou dizendo para você parar. Você sabe exatamente o quanto eu sou boa com esses jogos sujos, não me faz entrar nesse à força. — Mais uma vez me soltei dos seus braços irritada com o aperto.

TOQUE-ME SE FOR CAPAZOnde as histórias ganham vida. Descobre agora