CAP 02

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CAP 02
Elisa.
. Chego em casa e estou com o coração na mão, não sei comentar e nunca torci tanto para que ele não estivesse em casa essas horas, mas quando chego à cozinha vejo que minhas preces nem sempre são bem atendidas, ele estava lá pronto para morder seu sanduíche de presunto e queijo antes de me ver. Acho que eu sou o problema da relação, na verdade eu não dou motivos para que ela se esfrie, mas o Cláudio toda vez que me ver ele me encara de uma forma que chega a dar medo, parece sentir ódio de mim.
- Boa tarde. - digo colocando as chaves do carro em cima da mesa.
- Só se for pra você... Aonde estava? Liguei na escola e disseram que você tinha ido embora há um tempo. - falou colocando o sanduíche com tudo dentro do prato, chegou a desmontar.
- Eu fui ao médico. - digo fitando o presunto.
- Hum. - diz pensativo. - O que você tem?
- Cláudio eu serei curta e grossa... - tomo fôlego.
- Diz pra mim que vai morrer, por favor.
. Era isso que ele queria, minha morte... Como aquilo doía nunca pensei que seria tão infeliz.
- Não posso ter filhos. - respondi segurando as lágrimas.
. É nisso, Cláudio levantou-se furioso e me pegou pelos braços, os apertou com força e aquilo me deu muito medo. Ele olha bem nos fundos dos meus olhos e noto que os dele estão meio avermelhados e então ele diz:
- Foda-se sua imprestável, eu quero um filho e sou casado com você. Então você vai ter que me dar um filho, querendo ou não! - ele grita, em seguida me solta mas antes deposita um tapa forte em meu braço e saiu andando. Chorei até não aguentar mais ali naquela cozinha sem cor, meu braço ardia mas o que doía mais era a minha infelicidade.

O DiretorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora