CAP 26

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CAP 26
Elisa.
. O dia do acampamento então chegou, nada antes disso de interessante havia acontecido, eu tinha perdido todas as esperanças quando ouvi o professor Joaquim dizer que o Thiago e a Emika estavam pensando em reatar o namoro.
. Estou terminando de arrumar minha mala quando a campainha do meu apartamento, toca e eu vou abrir na esperança de ser a Cristina, mas é o Thiago.
- O que você está fazendo aqui? - digo com os olhos arregalados.
- Não irá me convidar para entrar? - ele diz ríspido.
- Eu deveria? - arqueio a sobrancelha.
- Sim! Precisamos ter uma conversa muito séria. - ele diz e eu dou passagem para que ele entrasse.
- Pode dizer, estou ocupada. - cruzo os braços.
- O que está fazendo?
- Arrumando minhas malas, faltam menos de quatro horas para embarcarmos!
- Eu não quero que você vá!
- Eu já disse que ia. - respondo.
- Problema é seu, dá um jeito de não ir.
- Eu vou, você não irá me impedir. - digo indo correndo para o meu quarto e quando ia bater à porta ele a para com o pé.
- Vai embora Thiago! - digo irritada.
- Você não pode se estressar! - ele diz ríspido.
- Então vai embora por que com você aqui, é impossível não se estressar. - digo e fecho a mala, a coloco no chão e ele se aproxima de mim.
- Eu disse que você não vai. - ele diz.
- E eu disse que você não vai me impedir, vai embora. - digo.
- Você vai ver o que não quer lá...
- Como por exemplo você com a vagabunda da Emika? - dou um sorriso forçado.
- É. - ele diz.
- Por mim vocês dois podem morrer juntos, que eu estou pouco me importando.
. Quando termino de dizer, ele coloca suas mãos em minha cintura, só com aquele toque eu me arrepio, dou um passo para trás na tentativa de fazer com que ele tire aquelas mãos de mim, mas ele volta a colocar a mão, estou ofegante.
- Não se importa Elisa? - se aproxima mais, agora ele estava perto da minha boca, desvio o olhar e olho pro teto.
- Não me importo. - respondo e ele beija meu pescoço, aquilo estava ficando bom.
- Tem certeza que não se importa?
. Quando termina de dizer, tomo coragem e me afasto, ando para outro canto do quarto e ele me encara, então eu digo:
- Não me importo agora vá embora por que você está me atrasando.
- Você se afastando de mim quando toco em você mostra mesmo que você não se importa. - diz de forma irônica e sai, quando o escuto bater à porta da sala, solto a respiração que nem havia notado que estava segurando, esse homem ainda me mataria... De raiva, de prazer ou de amor.
••••
. Agora eu estava com minhas duas malas e uma bolsa em frente à escola junto aos alunos, iríamos em três ônibus por que tinha muitos alunos e eles estavam ansiosos demais para irem. Logo vejo a Carina saindo com uma turma, a minha tinha sido a primeira a sair, os alunos dela entram no ônibus, e ela vem pra perto de mim.
- Sabe da última?
- Não estou sabendo nem da primeira. - brinco.
- O Moisés vai conosco. - ela faz cara de nojo.
- Oi? Como assim? - arregalo os olhos.
- É, ele decidiu de última hora e mesmo não podendo assinou a folha, agora não tinha mais como voltar atrás. O Thiago esta soltando fogo pelas ventas, já chegou na escola irritado e agora o Moisés apronta uma dessa.
- O Thiago chegou estressado por causa de mim.
- Como assim? - arregalou os olhos.
- Ele foi em casa fazer a minha cabeça para eu não ir para o acampamento e não deu muito certo. Ele quase...me beijou! - falo me lembrando do que aconteceu em casa.
- Que safadeza... - ela sorri.
- Eu estou pensando seriamente em me declarar pra ele, por que ele é um idiota. - digo e nisso ele sai, ao me ver, ele me encara e entra no ônibus. Já estávamos todos em seus lugares quando notei que a Emika não estava conosco.
- Cadê a baranga? - pergunto pra Carina que estava sentada ao meu lado.
- Foi no outro ônibus, por que uma aluna fez questão de sentar ao lado do Thiago. - ela riu.
- Nossa, vai ficar quatro horas de viagem sem ele? Vai adorar, capaz de dar pro motorista do ônibus.
- Você não presta mesmo amiga. - ela diz e pegamos estrada, do nada Carina me encara com o olhar assustado.
- O que aconteceu? - pergunto.
- Vou no banheiro. - deu um sorriso de quem estava aprontando, que seja coisa boa. Nem deu tempo de eu pensar, ela já havia saído. Escuto um zum,zum,zum no fundo do ônibus e quando vou levantar pra ver, uma parede de músculos praticamente cai em cima de mim.
- Thiago. - falo meio que gritando ele coloca a mão na minha boca, retiro ela.
- Calada. - diz baixinho.
- O que você está fazendo? - pergunto.
- Me sentando com você. - ele diz como se fosse óbvio.
- Se você não me contasse, eu não iria saber! - digo de forma irônica.
- Fica quieta Elisa, vamos prosseguir a viagem em silêncio. - ele diz cobrindo-se com uma coberta.
- Cadê a Carina? - pergunto.
- Fugiu, calada agora. - ele diz e mexe no celular, que ogro!

O DiretorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora