CAP 08

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CAP 08
Thiago.
. Elisa era uma pessoa diferente de todas as pessoas que já conheci. Ela era extrovertida, tinha um sorriso encantador que seria capaz de fazer qualquer marmanjo babar e aqui estou eu babando nos sorrisos que ela distribui enquanto conversamos. Fiquei com muita raiva desse marido dela, aonde já se viu um homem agredir a mulher por dez anos e ela não poder fazer nada...a chamar de coisas horríveis, que monstro se um dia chegar a vê-lo eu quero quebrar ele na paulada e no soco. Meu celular não parava de vibrar no bolso e eu já sabia o que era.
. Quando deu onze horas resolvi ir embora já que amanhã nos dois teríamos que acordar cedo para ir ao trabalho. Quando estava chegando à porta, eu digo:
- Quero te pedir mais uma coisa antes de ir embora.
- O que é? - perguntou ela.
- Me deixa colocar a mão na sua barriga?
- Ela ainda está pequena... - falou descruzando os braços.
- Não tem problema. - digo.
- Tudo bem. - ela diz erguendo um pouco a blusa, a barriga estava pequena mesmo mas a vontade de colocar a mão foi maior que eu. Quando a toquei meu coração acabou batendo mais rápido e sua respiração acelerou por causa do movimento da sua barriga, tirei rapidamente, estava perplexo.
- Obrigada , boa noite Elisa até amanhã. - depósito um beijo em sua bochecha e vou embora.
. Enquanto vou descendo pelo elevador, pego meu celular e vejo que tem dez chamadas perdidas da Emika e mais quinze mensagens no WhatsApp, não quero responder, estou me sentindo leve por ter desabafado pela primeira vez com uma mulher e também feliz por ter tocado a barriga dela.
...
. Logo chego em casa e quando estou indo pro quarto escuro minha tia me chamando, meu coração se aperta, será que ela estava morrendo? Vou rapidamente ao seu quarto e vejo que ela está sentada na cama fazendo crochê, me sinto aliviado.
- Boa noite querido, sente-se. - ela diz deixando o crochê de lado e bate devagar na cama, me sento... Há muito tempo não sei o que é me sentar e papear coisas banais com a minha tia.
- Boa noite tia. - dou um sorriso fraco.
- Estava na casa da nojentinha? - perguntou.
- Não. - dou um sorriso fraco.
- Estava aonde então?
- Eu fui na casa de uma moça...
- Thiago, você está traindo a nojenta? - perguntou assustada.
- Não tia, eu vou te contar uma coisa mas vai ter que me prometer silêncio.
- Ok. - respondeu ela e fez juramento com o dedo.
- Não sei se a senhora tem notado que eu venho chegando um pouco mais cedo do trabalho.
- Sim, mas não quis perguntar... Por que está chegando mais cedo?
- Eu estava em uma clínica de inseminação artificial. Eu vou ser pai tia. - digo emocionado.
- Oi? Como assim? Você nem conhece a moça...
- O destino me pregou uma peça tia. Estávamos precisando de uma professora na escola e ligamos para o diretor Sergio e então ele nos mandou a professora nova que por incrível que pareça é a moça que escolhi para carregar meu filho no ventre. Eu estava na casa dessa moça agora. - digo.
- E a nojenta?
- Ela não sabe, estamos quase largando tia... Não estamos dando certo. - falo.
- E a mãe dessa criança, como é? - pergunto.
- Ela é linda tia de verdade. Tem um sorriso encantador, fala perfeitamente bem, é paciente porém sofreu um pouco na vida. Ela é bem cuidada e não podia ter filhos por isso optou por inseminação artificial. - falei.
- Xi... - minha tia diz.
- O que aconteceu? - arregalo os olhos.
- Isso ainda vai dar paixão. - ela diz.
- Não vai não Tia pode ter certeza. -falei.
- Eu nunca erro querido, você sabe. - ela diz tocando meu braço.
- Como a senhora está se sentindo? - pergunto desviando o assunto, ela sorri.
- Estou bem, nem parece que estou morrendo.
- Você não vai morrer, Deus não vai deixar, a senhora ainda irá ver meu filho nascer e vai pegá-lo no colo. - falei.
- Torço pra isso querido, já jantou?
- Estou sem fome... Vou tomar um banho e dormir, estou cansado. - digo levantando, deposito um beijo em seu rosto e quando vou sair ela diz:
- Thiago, traga a mãe do seu filho para eu conhecer um dia desses.
- Pode deixar tia, vou trazê-la para jantar conosco.
- Obrigada, boa noite. - respondeu e eu fui.
. Tomei um banho voando, em seguida vesti apenas uma cueca, apaguei a luz, liguei o ar condicionado e logo adormeci.

O DiretorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora