9.2 Heloísa

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aviso de +18


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Eduardo saiu da cama e puxou sua cueca para baixo como se ela estivesse pegando fogo e a cada milésimo de segundo, ele se queimasse mais. Em pé, à minha frente, ele começou a se masturbar, devagar, como se fizesse uma carícia a si mesmo.

— Abra a boca, Raposinha.

Sorri e obedeci. Aquela era a forma estranha dele de fazer alguma referência à Chapeuzinho Vermelho ou queria me chamar apenas pelo nome de algum animal?

Fosse o que fosse, eu aceitava. O que eu não aceitava dele?

Quando o chupei novamente, sabia que, dessa vez, ele não iria demorar. O enfiei o mais profundo que aguentava em minha boca e ele não forçou para ir mais fundo, mas fez seu ritmo ao enrolar meu cabelo em sua mão. Às vezes, eu me engasgava com meu gemido que não saia, não tinha como sair quando minha boca estava ocupada.

Gozei pela segunda vez e suguei a glande antes de enfiar novamente em minha boca, o mais fundo que conseguia. Ouvi o engasgo dele, a força que ele colocava em si mesmo para não gemer, para não demostrar, acabava com ele demonstrando, mesmo que de uma maneira diferente. O Lobo, na verdade, era como um cachorro que sondava o perímetro, nunca latindo, nunca atacando.

Olhei para cima quando suas duas mãos seguravam minha cabeça. Seu pescoço se inclinou para trás e não consegui enxergar seu rosto, mas vi novamente seu pomo de Adão subir e descer de maneira bem acentuada. Consegui enxergar sua boca e ela se abriu enquanto seus dentes se fecharam, trincados.

— Puta que...

Se eu pudesse, se minha boca não estivesse cheia, eu teria dado um gritinho de susto pelo jato quente que experimentei, mas como estava ocupada, apenas senti encher a minha boca e engoli, de pouquinho em pouquinho.

Afastei minha boca e continuei o olhando, sentindo-me desolada e respirando fundo quando ele tirou suas mãos de meu rosto, me abandonando. Passei meus dedos em meus lábios, sentindo que aquele round eu também tinha ganhado, porém...

— Vá se arrumar. — Ele pegou a sua cueca e começou a se limpar, como se fosse um lenço que havia no bolso de seu paletó. — Sairemos em poucas horas.

Entrou no banheiro e me deixou ali, de joelhos.

Queria matá-lo, mas ainda queria que ele resolvesse toda a tesão acumulada em meu corpo por causa dele.

Maldito! O homem era um maldito que mexia com cada célula do meu corpo e o pior: ele sabia do seu poder em mim.


O Caminho Ao LoboWhere stories live. Discover now