Capítulo 16

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Eu poderia estar as duas coisas. Apesar de nunca ter recebido flores, muitos homens davam em cima de mim e falavam o quanto queriam me beijar, mas nenhum deles me interessava... Não como o homem que estava a minha frente.

Thomas me beijou com suavidade fazendo meu corpo tremer de ansiedade. Envolve meus braços em seu pescoço e acaricio de leve com meus dedos sua nuca. Isso fez com que Thomas me beijasse com mais vontade. Meu sangue fluía com força direto para o meio de minhas pernas, isso era tão... Tão bom. Eu nunca havia sido beijada dessa maneira, com fervor. Thomas me apertou contra ele e não pude evitar sentir a prova clara de seu desejo. Eu gemi e ele afastou os lábios de minha boca provando a pele de pescoço.

Minhas mãos desceram por sua costa e com rapidez, sem tirar seus lábios do meu, segurou minhas mãos apenas com uma atrás de mim, me puxando pra longe da mesa, com a outra agarrou minha cabelos em coque, fazendo com que mais fios caíssem.

Sua boca voltou a minha com mais necessidade, o desejo nublava meus pensamentos. Apesar de querer, algo me dizia que não podia, eu trabalharia pra ele e com ele, me envolver com ele podia dificultar as coisas, mas oh, isso era maravilhoso.

- Mel... - ele sussurrou meu nome e me obriguei a se afastar um pouco e seus lábios continuaram descendo para meu pescoço.

- Thomas eu... Nós, não podemos... - digo ofegante, mas ele continua me beijando, descendo a mão por meu corpo.

- Porque não... – pergunta sem parar de me provar.

- Por que eu vou trabalhar pra você... isso não é certo.

Ele para devagar, se afastando de mim. Seus olhos passam pelo meu corpo pensando em minhas palavras e quando retorna aos meus mantém uma expressão passível típica dele.

- Está certa. - ele controla sua respiração e me olha seriamente. - Pode começar seu trabalho amanhã.

Controlo meu desespero por querer ele por perto, mas sei que estou fazendo o que acho certo. Concentro na sua ordem e opino sobre quando começar o trabalho.

- Mas amanhã é sábado. - digo como se fosse obvio e ele dar de ombros. Espanto-me com gesto indiferente.

- Algum problema com isso? - seu tom é seco.

- Todos. É final de semana, pessoas não trabalham no fim de semana.

- Para mim trabalham. Se não quiser mais o emprego, pode ir embora. – diz e controlo minha chateação por agir assim. Por que ele tem mania de querer tudo do seu jeito.

- É sempre tão controlador? - minha pergunta o pega de surpresa, por conta mudança de assunto.

- O que disse?

- Não faz minutos que estava sendo gentil e me beijando, agora está agindo como nada importasse, como se nada tivesse acontecido.

- O que quer que eu diga? - ele grita e me assusto, noto se aproximar de mim e movo-me centímetros para trás. - O que quer que eu diga? Que eu fale sobre o beijo? Pra que, se pra mim foi mais uma boca que beijei, além do que, você deixou claro que isso é errado.

Eu sentia a raiva em sua voz, sentia que estava nervoso e confuso. Será que ele pensa que o rejeitei? Thomas parecia me querer longe, me maltratando para que me afaste com as coisas que falou me fazendo sentir uma pessoa qualquer, mas não dei importância. Percebi agora que ele se privava da felicidade – apesar de eu também - e eu não ia deixar isso acontecer com ele, querendo ou não eu ia ajuda-lo, nem que para isso eu tivesse que me machucar, já que no fundo, havia uma faísca que ardia por ele.

- Eu falei que era errado porque trabalharia pra você, ficaria estranho, porém em nenhum momento falei que não havia gostado do que fizemos. - ele me olha hesitante me observando.

Desejos & Segredos: O Toque Where stories live. Discover now