Capítulo 17

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Sentada no silêncio total, meus pensamentos fluíram para uma pessoa só, Thomas Ackles. Ser beijada por ele foi... Tão bom tão incrível. Seus lábios eram macios e fervorosos como se me venerasse. Eu queria ter continuado, queria ter explorado mais o seu corpo, mas o medo em mim não me permitiu.

- Seu corpo... – sussurrei em silêncio.

O que havia acontecido? Que tipo de ferida tinha em suas costas que nunca se curava? E porque só suas costas? Lembro-me de tocar seus braços, sua nunca mais suas costas... Tento imaginar como foi sua infância nessa casa tão grande, provavelmente era mais feliz quando seus pais ainda eram vivos.

A pequena chama existente em mim ansiava por mais dele. Queria ajuda-lo, mostrar o verdadeiro homem que ele pode ser... Quem eu quero enganar... Eu estou gostando dele mais do que imaginava. Algumas gotas de água tiram-me de meu devaneio. Olho para o céu, vendo as nuvens carregadas de chuva.

Mas que droga! Lexie estava certa, será uma grande chuva.

Os pingos começam a aumentar ficando cada vez mais fortes. O tempo agora escuro e com ventos, confundi o caminho em minha cabeça. Senhor, eu não sabia voltar! Respirei não tentando entrar em desespero. Se ao menos Lucky estivesse comigo.

Eu andei... E andei, não sei se por horas ou por minutos mais finalmente encontrei a casa de Thomas. Eu estava encharcada, suja e tremendo de frio. Muito frio. Avistei meu cavalo correndo em voltas e alguns seguranças tentando pegá-lo, aproximei-me com a força que ainda me restava. Lucky correu para perto de mim e passei a mão em meu rosto tentando enxerga-lo.

- O-oi garotão! Daando uma canseira nesses raa..pazes? - falo com de dificuldade.

- Senhorita! - um dos seguranças corre em minha direção surpreso. - Estávamos procurando você em toda parte.

- Procurando por mim? - murmuro para mim mesma e balanço minha cabeça falando um pouco mais alto. - Porque estão atrás de Lucky?

- Porque o Sr. Ackles mandou que o colocássemos em um lugar seguro. A senhorita deveria entrar, está muito frio aqui fora. - pede preocupado.

- Ele mandou? - olho para Lucky e sorriu. - Eu te dii-sse que ele se preo..cupa. Vá com eles Lucky.

Lucky se deixa guiar mais aliviado por me ver, abraço meu corpo e logo sinto um dos seguranças atrás de mim me ajudando. Minhas pernas estão um gelo e meu vestido está grudado em mim, eu mal consigo sentir as pontas dos dedos das mãos e dos pés. Subo as escadas e ele abre a porta com ajuda do vento, fazendo um barulho estrondoso. Olho pra frente e vejo Thomas com mais três rapazes me olharem com alívio.

- Senhor, ela apareceu. - diz o segurança ao meu lado.

- Oh céus, a pobrezinha pegou muita chuva. - noto ser Elizabeth, mas não há vejo.

- Cancele as buscas. - ouço-o falar - Edgar traga-me uma toalha, Elizabeth encha minha banheira com água quente. - Thomas se aproxima de mim e coloca suas mãos em meus braços - Está gelada...

Vejo o rosto de Thomas, mas não consigo destacar se ele está com raiva ou aflito.

- Aqui a toalha senhor.

- Quero que acenda a lareira do meu quarto o mais rápido possível. - ordena pegando a toalha sem tirar os olhos de mim.

A toalha envolve meu corpo e tomo um susto quando Thomas me coloca em seus braços. Seu rosto afunda em meus cabelos molhados e suspira.

- O que deu em você de andar sozinha por ai? – murmura sem repreensão.

- N..não tenho culpa se Lucky não quis vir coo..migo. - tento brincar com a situação.

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