Capítulo 18

63.1K 5.5K 804
                                    

Thomas passa pela porta com uma bandeja e sorriu com seu gesto. A comida já devia estar pronta, pois ele chegou rápido.

- Thomas Ackles me trazendo o jantar na cama? - digo divertida.

- Não força... - fala num aviso e junto os lábios segurando o riso. Ele coloca a bandeja em cima de mim e se senta na cama.

- Obrigada. Estamos sem energia? - pergunto e tomo uma colherada da sopa. - Hum... Isso está incrível.

- A eletricidade está oscilando o tempo todo. A chuva ainda está forte lá fora, quando melhorar eu ligo chave novamente.

- Você já jantou? Se não pode ficar com um pouco do meu. - falo já oferecendo.

- Não me enrola e come tudo! Eu já jantei, sei que a sopa está saborosa.

- E o Lucky? – pergunto e continuo comendo.

- Lucky está bem melhor que você. Está protegido da chuva e também já providencie comida. Eu mesmo fui vê-lo, pode ficar tranquila.

- Obrigada. – agradeço de novo e termino meu prato. Thomas se senta na poltrona e me deito outra vez de lado, fico olhando-o.

- Você me deu um tremendo susto. - ele confessa com semblante abatido.

- Desculpa... - peço e ele rir baixo.

- Eu não sei lidar com sua teimosia. Eu fui atrás de você quando ainda estava sol, mas não te vi. Pensei que já tivesse ido embora. Depois que começou a chover, eu vi o seu cavalo correndo pelo pasto e notei que você ainda estava por aqui. Imaginei que estivesse na estufa e fui para lá, mas não te encontrei. – ele suspira e continua - Acho que nunca fiquei tão aliviado quando te vi entrando por aquela porta. Mas aí você me inventa de ficar com febre e agora está aqui, me ouvindo falar sobre o quão angustiante foi o meu dia. - diz divertido.

- Você parece mesmo cansado. - digo atrevida e ele cerra os olhos.

- Deve ser por que alguém dá muito trabalho. – Thomas acusa e sorriu com seu comentário.

- Vai dormir aí? - indago ao vê-lo tentando se acomodar na poltrona.

- Tenho que ficar de olho em você. - explica fechando os olhos.

- Mas essa cama é sua, não pode dormir em uma cadeira.

- Eu pensei ter ouvido você dizer, que não liga para o fato da casa ser minha.

- É diferente, não vou consegui dormir sabendo que você está em uma poltrona. - falo inquieta e ele os olhos sentando-se novamente.

- E planeja que eu faça o que?

Seu questionamento me intimida e sem planejar olho para cama.

- Essa cama é enorme... – murmuro baixo mais sou ouvida.

- Quer que eu durma com você? – Thomas indaga rouco e giro rapidamente para vê-lo.

- Sim... Não, quer dizer sim... – me atrapalho e ele parece se divertir.

- Sim ou não?

- Sim. – respondo finalmente - Tem espaço suficiente pra nós dois. – explico envergonhada do meu pedido. Vejo-o sorrir malicioso e levantar da poltrona.

Oh meu pai! Ele vai mesmo vir? Não pensei que ele fosse realmente aceitar.

- Como quiser senhorita. Vou apagar as velas e deixar só uma lamparina, tudo bem pra você?

- Tudo. - sussurro com nervosismo.

As velas são apagadas e a única luz vem da lamparina da mesinha ao meu lado, ele a pega levando para uma mesa de centro de frente para a cama e vagarosamente ele se vira, caminhando devagar em direção ao lado direito da cama, a luz da chama faz sombras na parede dando um ar misterioso.

Desejos & Segredos: O Toque Onde histórias criam vida. Descubra agora