Capítulo 2

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Cheguei em casa ensopado e cheio de fome esse tinha sido um dia exaustivo, corri escada a cima aos tropeços e fui direto para o meu quarto para assistir eu não perderia aquela estreia por nada. Liguei a televisão me joguei na cama e coloquei no canal em que passaria e para a minha sorte logo em seguida tocou a vinheta: "Ele estará protegendo a nossa cidade, nas noites escuras e silenciosas de extraterrestres que andam a noite tentando dominar nosso mundo, digam olá para o Super Cãomem, protetor da nossa galáxia lá lá lá Super Cãomem, mais poderoso que qualquer outro te protege dos perigos é o Super Cãomem lá lá lá". Assisti ao primeiro episódio de Super Cãomem como uma criança, era o desenho perfeito eu estava fascinado por aquele desenho, a única coisa triste era que o segundo episódio só iria ao ar na próxima semana, sai do quarto e fui tomar um banho para poder jantar já que não tinha feito isso ainda e minha mãe já estava me gritando a horas.

Acho que minha mãe estava querendo algo de mim, pois estava me agradando demais, tinha feito meu bolo preferido, disse que estava fazendo pudim e para o jantar tinha feito macarronada. Já estava esperando que ela viesse me pedir algo o que não demorou a acontecer.

- Pedro?

- Mãe?

- Me faz um favor querido? - fez uma voz de pidona.

- Sabia que você iria querer algo de mim em troca de tudo isso, o que deseja senhora?

- Senhora é a tua avó, aquela velha do peito caído aos joelhos. - Não gostou de ser chamada de senhora, nunca gostava.

- Respeite a sua mãe, mãe!

- Eu falei da mãe de seu pai, aquela velha. - Ela não perdia oportunidade pra ofender a minha avó.

- Coitada, mas fala aio que quer que eu faça? - Perguntei já me arrependendo pois não queria saber a resposta.

- Sair e levar seus irmãos. - Foi direta.

- Mas mãe... - Sempre eu tinha que sair com eles.

- Não tem mais ou meio mais, saia e os leve ou eu te acerto com essa panela de pressão, que como já pode notar é enorme. - Abriu o sorriso que sempre fazia quando brincava deste jeito.

- Vou ver um dia, tudo bem? - Eu disse que veria um dia e não que esse dia chegaria logo.

- Obrigada, querido.

- Querido? Só quando você quer algo de mim mesmo para me chamar assim! - Dizendo isso me levantei e fui deixar o prato na pia.

- Pedro? - Me chamou com um tom abaixo do normal.

- Não se preocupe, vou levá-los qualquer dia pra sair. - Fui em direção às escadas. - Boa noite mãe.

Chegando aos pés da escada percebi que estava muito cansado e que precisava urgentemente descansar, meu dia foi corrido e cansativo e eu queria muito dormir. Fui me arrastando para meu quarto, ao abrir a porta uma coisa enorme pulou em cima de mim o que me deu um baita susto, mas ao prestar bem atenção era só um gato, sempre ia me fazer companhia, quando ele queria é claro, não tinha ideia de quem eram seus donos ou se ao menos era da vizinhança, pois durante o dia ele nunca estava por lá ou eu só não havia notado a presença dele até ir parar no meu quarto.

- Oi Marrom - ele era marrom, tinha nome melhor que esse? - O que você tá fazendo aqui hoje?

- Oh não estou fazendo nada, Pedro - fiz uma voz estranha para parecer como se ele estivesse me respondendo - estou apenas deitado aqui nessa sua cama.

Coloquei o gato marrom para o lado e fui ajeitando minha cama, ao me deitar entrei em coma, pois apaguei tão rápido quanto imaginei que aconteceria. Estava tendo um sonho bom com muitos bolos de cenoura com cobertura de chocolate, sorvete também, era sonho gordo, mas um bolo me gritou e eu assustei.

Só o Nome.Where stories live. Discover now