Capítulo Especial ~ Cinco Anos Depois ~

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Estou voltando de mais um dia de serviço, estou exausto e morrendo de fome. Claro passar o dia todo sem comer não poderia resultar em outra coisa, mas realmente não tive tempo para isso.

Agora estou com vinte e dois anos, não moro mais com minha mãe e não estou mais namorando o Wellington, pois é, em cinco anos muita coisa muda. Agora estamos casados, compramos um apartamento no centro da cidade, de forma que fica mais fácil e rápido o deslocamento para nossos serviços.

Trabalho no departamento de contratos da prefeitura da cidade, cada contrato, convenio e coisas afins eu tenho de montar, revisar e repassar para o setor seguinte, início do ano as coisas apertam pois começam a chegar coisas novas pois temos troca da administração da cidade. Muitos contratos novos e novas contratações, fica tudo um caos.

Entrei com o carro no estacionamento do meu condomínio e ocupei minha vaga, Well já havia chegado pois seu carro ocupava a vaga ao lado. Ao deixar meu carro me dirigi ao elevador, estava com meus fones no ouvido ouvindo músicas aleatórias que tocavam na rádio, não quis usar spotify ou minha própria playlist.

- Boa noite, Pedro? – Me cumprimentou uma senhora minha vizinha.

- Boa noite, Dona Deise! – Respondi a senhora cordialmente e com um sorriso. – Quer ajuda com as sacolas? Devem estar pesadas.

- Eu quero sim meu querido, obrigada! – Disse ela me passando algumas sacolas. – O Zé ficou em casa e ficou com preguiça de descer para me ajudar acredita?

- Claro que eu acredito, não é querendo falar, mas já falando o seu Zé tem uma cara de preguiçoso! – Respondi ela apertando o botão do décimo andar.

- Não é só a cara querido, é o corpo todo! – Disse ela rindo.

Ao sairmos do elevador fomos em direção ao apartamento dela, onde entrei somente para deixar suas compras e pude ir direto para o meu apartamento, mas antes que eu pudesse sair ela me parou com a mão tocando meus ombros.

- Pedro, meu querido? – Disse ela.

- Eu...

- Não gostaria de ficar par jantar? – Disse ela com um grande sorriso.

- Eu fico triste em recusar – Já que eu estava morrendo de fome, fiquei mesmo triste em recusar. -, mas o Wellington está me esperando em casa.

- Tudo bem então, mande beijos para ele. – Ela foi me empurrando para fora delicadamente.

Assim que sai ela fechou a porta com uma certa força e percebi que ela não gostou de minha recusa para o jantar, mas vai saber se ela não quer me estuprar já que o marido dela tem preguiça de viver, credo.

Entrei em meu apartamento, a nossa empregada estava cantando enquanto terminava o jantar e cantava com muita alegria que acabei me escondendo apenas para observar...

"Não fique estressadinho
Calma, amor, não se exponha
Não fique estressadinho
Calma, amor, não se exponha

Você é tipo pantufa
Em casa é gostosinho
Mas fora passo vergonha
Mas fora passo vergonha

Tuts, tuts, quero ver
Tuts, tuts, quero ver
Tuts, tuts, quero ver
Tuts, tuts, quero ver
Tuts, tuts, quero ver
Tuts, tuts, quero ver
Hoje eu fico com o outro
Pensando em você"

- Eiiiita Marcia, hoje tem né danada – Comecei gargalhando. -, mas quem é o boy?

- Seu... seu... predo.... – Ela havia ficado com vergonha.

- Está com vergonha de mim, mas se fosse o Well não ficaria? – Perguntei.

- É que ele ta no banho com e de lá não dá para me ouvir! – Disse ela agora tomando um copo d'água.

Só o Nome.Where stories live. Discover now