Último Capítulo

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- Oi, Pedro! – Fernando abriu um sorriso assustador. – Ele não vai mais ser um problema não é mesmo?

- Poooor que isso cara? – Disse Valdir com sangue escorrendo de sua boca. – Nós somos amigos Fernando....

- Olha cara, negócios são negócios não é mesmo? – Meu pai se aproximou do amigo quase morto. – Mais dinheiro para mim!

Quando pensei que não poderia acontecer coisa pior, Fernando agachou do lado de Valdir e encostou o cano de seu revolver na cabeça dele e efetuou mais um disparo levando o homem a óbito de forma mais rápida.

- Por que, hein? – Eu não conseguia acreditar. – Por que você está fazendo isso?

- Hmmm, deixa eu pensar! – Colocou o dedo no queixo. – Porque se sua mãe morrer eu recebo uma grana muito gorda, e tenho recebido um valor enorme pra ajudar a torturar você, filhinho.

- MAS ELE É SEU FILHO! – Gritou Wellington. – POR QUE FAZER ISSO?

- E você acha que eu me importo? Eu abandonei eles uma vez não foi? – Ele era cínico.

- Fernando seu filho da puta! – Minha mãe partiu para cima dele.

- Vem e me da um abraço querida! – Ele abriu os braços para simbolizar que estava querendo um abraço.

Ela não queria dar um abraço nele e sim um soco o que não foi difícil levando em consideração a raiva que ela estava sentindo, conseguiu dar o primeiro, um segundo e conseguiu derrubar o revolver que estava na mão dele, e foi quando corri em direção para pegar e com muita facilidade ele se livrou dela e conseguiu me dá um chute com força suficiente para me derrubar, mas eu não desisti de tentar pegar. Porem Fernando era forte e esperto, pegou a pistola em que seu agora falecido amigo usava e apontou para a testa de minha mãe.

- Ou você volta pro seu canto agora, ou eu mando ela mulher pro além! – Ameaçou ele.

Voltamos todos para nossas posições iniciais, enquanto ele nos olhava nos olhos.

- Acho que antes de morrer, vocês merecem saber o que me motivou a isso tudo! – Voltou a falar Fernando. – Vou explicar resumidamente!

"Eu estava bêbado num dia que teve uma festa na família e resolvi ir para o quarto tomar meu banho e relaxar um pouco para ver se melhorava, eu até então ainda gostava de vocês sim, ou melhor, gosto de vocês já que vão me proporcionar uma grana preta.
Enquanto esperava o efeito da cachaça passar sentado em meu escritório que tinha nessa casa naquela época escutei alguém subindo as escadas cochichando, como as luzes do escritório estavam apagadas nem notaram que poderia ter alguém que estava ali para ouvir tal conversa. Eram seu avô, estava falando que durante toda a vida do avô e pai dele, eles juntaram uma enorme quantia de dinheiro para deixar para as próximas gerações, porem que essa conta era oculta da qual ninguém além dele sabia da existência. Me aproximei da porta para saber com quem é que ele estava falando e constatei que o mesmo falava com alguém através do celular e presumo que fosse o advogado. O que ele dizia era que somado os valores do avô, pai e dele já eram mais de quatro milhões de reais que seriam deixadas para a sua mãe e logo, vocês.
E foi quando a minha ambição falou mais forte que o amor que eu sentia pela sua mãe, se é que era mesmo amor.
Eu planejei tudo, seu avô tinha a saúde muito frágil e não aguentaria muita coisa, eu observei cada coisa que o velho fazia dia e noite, passei a cuidar cada segundo da vida dele, como eu fazia parte da família, não era muito difícil me infiltrar na casa dele com a desculpa de ver como estava os meus sogros que sempre gostaram de mim não é mesmo? Coloquei câmeras pela casa toda, da mesma forma que dei um jeito de colocar uma em cada quarto aqui. Quando eu percebi que tinha a rotina dele completa, pensei em mata-lo, pois com ele morto o dinheiro seria passado para a única filha, ou seja você Andreia. Sua mãe era e ainda é boa de vida, e com a morte dela com a pensão de dez mil recebida pelo falecimento de seu pai ela ficaria bem, nunca fez parte dos meus planos matar a sogrinha, por este motivo ela ainda está viva. Mas vamos a parte boa do meu plano, matar o sogro podre de rico. Observando as câmeras da casa vi que ele arrumava as malas para uma viagem de negócios, quem sabe do que se tratava, mas era a minha chance. Peguei um carro do meu pai, não poderia cometer o erro de usar o meu, e paguei um jovem para rakear o GPS do sogrinho e descobri qual seria o trajeto que ele usaria para chegar em tal lugar e fiquei esperando ele do outro lado de uma ponte. Quando ele veio atravessando eu simplesmente acelerei o carro na direção dele, como a estrada era praticamente deserta nada poderia me atrapalhar, HÁ ESSA FOI A MELHOR PARTE GENTE, ESCUTEM COM ATENÇÃO. Eu dirigi o carro em alta velocidade para a ponte para bater de frente com o carro dele, quando chegou a distância suficiente e ele percebeu que um carro vinha em sua direção e não fazia menção de desviar, ele jogou o carro para o lado o que facilitou o meu trabalho. Eu bati na lateral do carro arremessando os dois para fora da ponte, parece até cena de filme, mas aconteceu. Com o impacto na lateral em que fica o motorista ele ficaria preso nas ferragens e não conseguiria fugir. Eu consegui pulei para fora do carro antes mesmo dele atingir o carro do seu pai, só pra constar, quase que vou para o inferno. Bom abaixo da ponte passava um rio que tinha profundidade suficiente para matar o velho afogado caso a colisão não o tivesse feito, eu já tinha comprado um chip para ligar para a emergência logo depois do ato, e logo depois joguei o mesmo no rio para ser levado pela correnteza e o carro do meu pai? Era um que ele mantinha na casa dele guardado, mas ele não costumava usar, então ele seria somente um carro na cena do crime, como se alguém tivesse causado o acidente e fugisse com medo de ser preso. Passei mais um ano com vocês tentando descobrir se o dinheiro sairia e percebi que sua mãe já sabia do dinheiro e assinou um termo que só liberasse tal grana quando ela morresse. Então eu fui embora, mas não porque eu desisti de ficar rico e sim porque eu precisava de uma coisa mais elaborada. Eu descobri que alguém que não gostava do meu filho querido estava querendo fazer da vida dele um inferno, então voltei a cidade, todo arrependido querendo o perdão de vocês (neste momento ele fez uma cara de cachorro que caiu da mudança), e mesmo vocês relutantes, ainda me deixaram retornar a vida de vocês. Coloquei o Valdir na vida da sua mãe para deixa-la mais suscetível a ser pega e pronto. "

Só o Nome.Where stories live. Discover now