Penúltimo Capítulo

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Como todos estavam na sala ficamos apenas encarando a carta anônima, já tinha um tempo que não recebíamos ameaça alguma e voltamos novamente à estaca zero. Olhei para minha mãe e de algum modo ela apenas baixou o olhar e Well foi para o quarto.

- E agora mãe? – Perguntei para ela. – O que a gente vai fazer isso não vai acabar nunca?

- Não sei, Pedro. – Ela não me olhava. – Não tenho ideia o que fazer!

Valdir subiu e foi para o banheiro e fiquei somente com a minha mãe na sala e fui fazer um café junto dela para ver se acalmávamos, mas seria sem sucesso, porem era o que poderíamos fazer até então.

- Por que não vamos a polícia hein? – Pensei em tal possibilidade.

- Na primeira ameaça ele ou ela disse que se eu envolvesse a polícia as coisas seriam piores! – Ela respondeu somente isso.

- Droga – Parei encarando as chamas do fogão. -, E se a gente se mudar?

- Para onde, Pedro? – Ela fez uma careta. – A ideia pode ser boa, mas não tem como.

- Não podemos confiar em ninguém mãe, pode ser qualquer um! – Cheguei à conclusão.

- Você tem razão, me dá meu café! – Disse ela.

Passei o café para ela e peguei uma xícara para Wellington e outra para mim e subi para o quarto onde se encontrava o meu namorado fazendo coisas da escola, tínhamos muitas coisas para fazer e não poderíamos deixar de fazer por conta da ameaça que sofremos essa noite.

Chegando lá deixei a xícara com café na mesa onde estavam as coisas da escola e ele sentado com a cara enfiada em um dos livros.

- Muito difícil aí? – Perguntei.

- Claro que não – Ele fez cara de deboche. – Está impossível!

- Nada é impossível, você é chefe da sua própria vida Wellington!

- Pera, Pedro! – Ele me encarou. – Coloca qualquer música de forma que ninguém de fora nos ouça!

- Por quê? – Fiz uma cara safada. – Eu também gosto de perigo!

- Cala boca idiota, é sério!

Liguei o computador e deixei músicas tocarem e o Well me puxou para o canto mais afastado da porta, ou seja, para cima da minha cama e eu já pensei ser safadeza, mas ele me fez tirar o cavalinho da chuva o que me desanimou sendo que estamos passando por essas ameaças ridículas.

- Pedro, posso estar sendo louco sei lá, mas o seu "padrasto" subiu logo depois de mim e eu iria lá para baixo falar com vocês! – Começou ele.

- E o que isso tem a ver? – Perguntei.

- Ele se trancou no banheiro, Pedro. – Ele me olhava nos olhos. – Com o celular!

- Eu me tranco no banheiro com celular, sabe. Eu fico lendo enquanto...

- Não me importa, o que eu quero dizer é que ele estava falando com alguém!

- Alguém? Tipo um amigo? – Questionei.

- Não, acho que tem a ver com o que está acontecendo com a gente e sua família!

- Pera, me explica isso direito!

- Bom, vou contar exatamente o que aconteceu!

"Eu estava aqui no quarto já pegando meus materiais e ia descer para ficar com vocês lá embaixo e acabei me enrolando porque minha mãe me mandou uma mensagem e fiquei conversando com ela, ainda estou ressentido pelo que ela me fez, mas fazer o que, não é? Mas voltando ao foco, eu fui descendo as escadas com o celular nas mãos e foi quando ele passou por mim subindo e foi para o quarto da sua mãe, mas os meus planos era descer com os materiais e ir estudar aqui na sala então corri de volta para o quarto e deixei a porta entre aberta. Quando eu estava para sair eu escutei ele dizendo o seguinte:
- Calma aí chefe, vou me trancar no banheiro onde ninguém vai me ouvir, sim chefe o pacote chegou.
Ele notou que a porta estava aberta e veio aqui, mas eu corri para o armário, piadinha sem graça essa eu sei, mas eu de fato corri para dentro do armário e fiquei lá até ele ir embora. "

Só o Nome.Where stories live. Discover now