- O que foi? – Bernardo perguntou.
- Olhem! – Entreguei o envelope para ele.
No envelope tinha fotos que pareciam ter sido tiradas da janela do meu quarto onde estávamos Wellington e eu sem camisa e nos beijando. E fotos do momento em que meus amigos chegaram em minha casa e fui os atender a porta.
- Essa pessoa só pode estar aqui perto, como está tirando todas essas fotos da gente. – Ele estava assustado. – Está nos seguindo!
- Está me seguindo, você quer dizer! – Olhei sério para ele.
- O que vamos fazer agora? – Linda olhava nos rostos de todos.
- Tentar descobrir quem é! – Eu estava decidido. – Vamos não demonstrar medo, se ele está por aqui deve estar nos observando!!
Todos concordaram e voltamos aos filmes deixando de lado todas aquelas fotos que eu queimaria mais tarde com toda a certeza. Como todos dormiriam em minha casa ficamos na dúvida sobre irmos para os quartos ou dormirmos na sala. Mas resolvemos subir.
Desta vez a divisão não foi nada complicada, Violet e Bernardo dormiriam no quarto de minha irmã, Linda e Gioconda no de meu irmão e Well e eu no meu. E quando eram aproximadamente três da manhã fomos para a cama.
Meu novo e primeiro namorado teria de pegar o ônibus de volta às onze da manhã então teríamos que levantar cedo para organizar a bagunça e leva-lo até a rodoviária.
As sete horas já estávamos todos de pé e arrumando toda a bagunça da sala e da cozinha, as meninas preferiram lavar a louça alegando que se um de nós fizéssemos isso não sairia bem feito, ficamos então incumbidos de arrumar a sala e os quartos, se pararmos para pensar elas ainda saíram no lucro.
Quando estávamos perto do horário de partida, ele se despediu de todos os meus amigos e Bernardo resolveu dar um ultimato a ele.
- Se eu souber que meu melhor amigo ficou triste por sua causa – Ele fez o simples sinal de corte na garganta. –, você já deve ter entendido.
- Entendi sim – Sorriu meio desconcertado. -, não vou fazer nada de errado!
- Ótimo! – Estendeu a mão para que Well apertasse.
Assim nós pegamos o táxi que chegou pouco tempo depois e assim seguimos em direção a rodoviária.
- Está pronto para voltar? – Perguntei.
- Não, por mim ficava! – Me olhou triste.
- Por mim também! - Olhava seus olhos. – Ficaria por mim?
- Claro! – Respondeu com sinceridade.
- Vocês podem parar com esse papo de "viado" aí atrás? – O taxista perguntou.
- Eu estou pagando a viagem ou seus comentários homofóbicos? – Perguntei de cara feia. – Foi o que pensei!
- Eu não quero ouvir esse papinho de "viado" dentro do meu táxi! – Dizia ele todo grosso.
- Eu não quero saber o que o senhor quer ou deixa de ouvir – Encarava sério. -, não estamos fazendo nada de mais além de conversar!
- Mas eu não gosto deste tipo de conversa! – Insistia ele em discutir.
- Mas o meu assunto não é contigo e sim com ele. – Eu estava irritado já. – Mas já que isso é problema pode parar que pago os doze reais que deu até aqui mesmo e já aproveito e te denuncio você!
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Só o Nome.
Teen FictionQuando Pedro se junta a seus amigos, ele realmente se sente mais feliz... Ensino médio está chegando ao fim e este é o ultimo ano em que ele tem para aproveitar, pois todos sabem que cada um vai seguir um caminho após isso. Quem sabe quais são os ac...