05| Tequila.

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- Estou em divida consigo desde ontem de manhã. Posso oferecer-lhe um café? – o moreno pergunta.

- Já estou a beber um, mas obrigada. - agitei o copinho de plástico nas minhas mãos.

- Aceita jantar então? - ele insiste.

Teimoso!

Aceito ou não aceito?

- Ouça, não está em divida comigo porque eu não fiz nada de mais. Fiz exatamente o mesmo que o senhor faria comigo ou com qualquer outra pessoa. Não é necessário uma recompensa. – respondo colocando o copo vazio do meu café no caixote do lixo que por ali se encontrava.

- Que não seja pela recompensa então. – ele está mesmo a tentar convencer-me caramba.

- Bem, não acho que deva jantar consigo, senhor. Não sei sequer quem é. – estudo o seu rosto. – Anda a perseguir-me?

- O quê? – ele dá uma gargalhada.

- Perguntei se me anda a perseguir? – falei com uma ponta de irritação na voz.

- Não, porquê? – o seu tom é divertido.

- Então o que é que está aqui a fazer? – finalmente faço a questão que me estava a matar de curiosidade.

- Assistir à apresentação do livro, como todas as outras pessoas!? – ele fala como se fosse uma coisa óbvia.

Reviro os olhos. Convencido.

- Não revire os olhos. Não aceito um não como resposta ao meu convite. – ele contorna o seu lábio inferior com os dedos polegar e indicador.

- Parece que vai mesmo ter que aceitar um não como resposta. – retruco.

- Onde está hospedada? – ele quer saber.

- O que lhe interessa?

- Oh, Victoria. Vamos, diga-me onde está hospedada para a poder ir buscar hoje.

- Não janto com desconhecidos. – respondo mau – humorada.

- Deixamos de ser desconhecidos se nos conhecermos. Conhecia todas as pessoas que conhece antes de as conhecer? – ele tem um sorriso torto no rosto.

Oh está bem! Conseguiu! Sou uma fraca por me deixar levar tão facilmente.

Aceito o jantar e ele nunca mais me chateia?!

A sua mão esfrega delicadamente o meu antebraço e mentalmente quero que ele pare, mas o meu corpo não.

- Em que hotel devo ir buscá-la? - ele pergunta.

Merda que ele é difícil, persistente e como se não bastasse, é fodidamente sexy.

- Estou hospedada no Century Southern Tower. - respondo.

Ele sorriu.

- A reserva do restaurante fica por minha conta? - ele franze um pouco a sobrancelha.

- Como queira, eu não tenho hipótese de recusar de qualquer maneira.

Ele aperta ligeiramente os lábios.

- Às 20?

- Sim, estarei pronta a essa hora.

- Bom.

Ele está animado com este jantar?!

- Até logo, senhor... - ele não me permite terminar.

- Hunter. – ele responde.

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