28| Flores de tempestade.

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[Liam]

Quando abro a porta de casa e ouço as vozes da Victoria e de Daniel vindas da cozinha. Eles estão a cantar uma música de uns desenhos animados que Dan vê. É de admirar a forma como Dan aceitou a Vicky aqui em casa e como se dá com ela.

Pouso as minhas coisas no escritório, dispo o casaco e paro na ombreira da porta da cozinha. Surpreende-me que a minha mãe aqui esteja também e não me tenha dito nada.

- Olá, querido! - a minha mãe levanta o olhar e encontra-me à porta, fazendo a Vicky e Daniel olharem para mim também.
Aproximo-me e ela beija a minha bochecha.

- Olá, mãe. - retribuo. Depois de lhe dar um beijo, segue-se o meu filho que está sentado num dos bancos altos e a Victoria que está mais longe, o que não me impede de dar a volta à ilha e de lhe dar um beijo nos lábios. Claro, Daniel tinha que reclamar, o que nos faz rir aos três.

- Eu ia para te encontrar na escola do Daniel, mas fui apanhada de surpresa pela Victoria e aceitei o convite para lanchar. - a minha mãe esclarece.

Sorrio. Parece que se estão a dar bem. Tinha planeado em apresentar a minha linda noiva, ainda sem anel, porém por pouco tempo, à minha família num almoço, mas os planos saiem mais uma vez furados.

- A avó já adora a Vicky, papá. - Dan comenta metendo mais um biscoito na boca.

Victoria encolhe os ombros claramente envergonhada e ela não sabe o quanto isso é sexy.

- Ela é encantadora. - a minha mãe diz e olha para ela. - Estou contente por vocês estarem juntos.

Daniel está todo satisfeito ao meu lado, agora que me sentei no outro banco ao seu lado. A minha mãe está super maravilhada e a Victoria apesar de envergonhada, está feliz. Se eu tinha alguma intenção de falar à Victoria sobre o que aconteceu hoje, essa miníma vontade perdeu-se totalmente quando entrei na cozinha e vi a minha família descontraída e feliz. Não posso simplesmente estragar isso.

[Victoria]

Karen, a mãe de Liam, abandona-nos lá perto das seis e meia. Fico contente por o Liam me dar esta confiança e permitir que me dê tão bem com o seu filho, e ao ligar para a escola de Daniel a informar que seria eu a ir busca-lo. Foi sem dúvida um grande gesto de confiança.

O meu coração transborda de amor quando a criança me chama de "mamã". Não tive o meu bebé e penso muitas vezes que Daniel pode estar a ocupar um bocadinho esse vazio, porém nunca será meu, e isso dói. Tenho medo de sugerir a Liam para tentarmos. Estamos juntos há tão pouco tempo, mas já somos tanto um do outro.

Atiro-me para trás no sofá, ficando deitada numa almofada.

- Em que estás a pensar? - abro os olhos e encontro os de Liam. Ele deita-se sobre o meu corpo e dá pequenos toques no meu nariz com o seu, faz uma trilha de pequenos beijos no meu rosto até chegar ao meu queixo, onde chupa ligeiramente. Filho da mãe!

Uma pequena chama acede-se entre nós e ele continua. Sobe a sua boca e os seus lábios insinuam-se à volta dos meus. Por que raio não me beija logo?

Quando os nossos lábios se colam, os movimentos são demorados e perfeitos.

- Estava a pensar em ti. - respondo quando os nossos lábios se afastam ligeiramente.

- Adoro quando sou o teu pensamento. - ele beija de novo os meus lábios e depois consegue ajeitar-se de forma a deitar-se ao meu lado. - Como foi com a minha mãe?

Levo a minha mão ao seu peito e massajo-o lenta e cuidadosamente. Ele parece apreciar a minha ação e eu derreto por dentro.

- Gostei muito da tua mãe. Deve ser uma mulher fantástica. - respondo.

Amor & ObsessãoWhere stories live. Discover now