41|"Tu tens o que é meu"

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[Liam]

Acordo com o corpo da Victoria colado ao meu. As suas pernas estão entrelaçadas com as minhas, os seus cabelos loiros descansam sobre a almofada e o lençol tapa apenas uma parte do seu corpo. É uma tentação tê-la nua colada ao meu corpo, porém consigo controlar o meu desejo de a consumir mais uma vez e deixo-a dormir sossegadamente. Passo a minha mão pelo seu rosto angelical e deposito um beijo na sua bochecha esquerda. A sua pele é suave e tem um aroma que só ela tem. Ela cheira a perfume ainda de ontem, ao seu aroma natural juntamente com sexo. É maravilhoso.

Não quero deixar a Victoria sozinha na cama, mas sei que se ficar, vou acabar por acordá-la e fazer amor com ela e por muito que seja uma ideia tentadora, acho que tivemos demasiado durante a noite. Acredito que ela esteja dorida e nunca me dirá por ser orgulhosa. Tudo com a minha esposa é intenso e não precisarmos de barreiras entre nós, torna tudo ainda mais frenético.

Levanto-me da cama e ligo para a receção a pedir que o pequeno-almoço seja servido no quarto. Quero que a minha esposa tenha tudo aquilo a que tem direito. Esposa... Que sensação boa, saber que ela já não me vai fugir.

Ligo a água do chuveiro e tomo um banho não muito longo, pois o meu telemóvel começa a tocar. Praguejo comigo mesmo por me ter esquecido de lhe tirar o som. Quero que hoje seja somente eu e a Victoria, mas o telemóvel teima em tocar e eu decido atender. Felizmente a Victoria não acorda.

Desconheço o número mas atendo. Vou até à varanda. Pode ser trabalho, mas acho pouco provável porque a minha assistente tem ordens para não me incomodar, somente em casos urgentes.

- Sim? - pergunto, para o outro lado.

- Fala Liam Hunter? - é um homem. Não gosto do tom dele e imediatamente fico em alerta.

- O próprio. Quem fala? - pergunto.

- Tu sabes muito bem quem eu sou e qual é o motivo desta chamada. - o homem responde de forma arrogante. - Tu tens o que é meu e se achas que é por eu estar preso que deixo de a querer, estás muito enganado. - Barry. O meu coração para por uns instantes. Não pelo medo mas pelo choque. Como é que este cabrão se atreve a ameaçar-me?

- O que é que tu queres, Barry? - por muito que ele me irrite, tento manter a calma.

- A Victoria nunca será tua. Eu vou reconquistá-la, ela vai voltar para mim e deixar-te. Quando eu sair daqui, porque já não falta muito, ela vai casar comigo e ela vai carregar os meus filhos no seu ventre. - fico maldisposto de pensar nele a fazer seja o que for à minha esposa. Mas ele continua. Parece não ter limites. - Tenho saudades do corpo dela, de lhe tocar, de a ouvir gemer, do calor do interior das suas coxas, do sabor dos deuses que ela tem, e da forma como ela se encaixa perfeitamente no meu pau. - estou capaz de vomitar porque tudo aquilo que me está a passar pela mente não é nada agradável. Tenho vontade de o desfazer.

Ao fim de uma pausa, ele dá continuidade ao seu discurso doentio e absolutamente nojento. - Duvido que lhe dês tanto prazer como eu lhe dava, que ela se encaixe tão bem em ti como em mim, sabes porquê? Porque tu és velho para ela. - ele sabe qual é o ponto fraco da nossa relação. Não necessariamente um ponto fraco para nós, mas para os outros.

- Ouve, Barry, a Victoria não te quer. Tu tiveste a tua oportunidade. E faço-te um aviso, nem sequer tentes encostar um delo nela. - ele nem sabe com quem se meteu, porque ele vai pagar por aquilo que fez. - Não achas que já fizeste mal suficiente à Victoria? Se a amas tanto como tu dizes, deixa-a em paz e ser feliz. - digo e desligo a chamada. 

Decido voltar para dentro para ir buscar um cigarro e o isqueiro. Decido vestir também umas calças informais e um polo. Preciso de falar com Aaron. Ele fica preocupado quando lhe peço para vir ao meu encontro.

Amor & ObsessãoWhere stories live. Discover now