17| Amo-te.

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- És um idiota, Hunter! - soco o seu peito.

Estou tão aborrecida com Liam.

- Eu sei, eu sei. - ele lamenta.

Afasto-me do corpo dele e encaro-o séria.

- Voltaste para a tua esposa?

Ele leva as mãos à cabeça despenteando os seus lindos cabelos.

- O quê? - ele murmura inconformado, ou assim parece.

- Voltaste para a Miranda?

Num ato nervoso mordo o interior do meu lábio e troco e destroco os pés.

- Por que haveria eu de ter voltado para a Miranda? - ele também optou por uma postura sisuda.

- E eu é que sei? - resmungo irritada.

- Eu não tive como vir à editora, Victoria! - ele discursa. - É verdade que te poderia ter ligado ou ter dito alguma coisa, mas foi um imprevisto e se queres que te seja franco eu não estive com cabeça para ligar ao telemóvel. - ele faz uma pausa para conter a respiração e depois prossegue. - Eu sinto muito, Victoria. Não foi a minha intenção deixar-te preocupada, irritada ou aborrecida. - ele puxa os seus cabelos para trás.

Preocupada, irritada ou aborrecida?! Fiquei as três coisas.

- Vais-me contar o que aconteceu? - tento que o moreno me conte.

Ele olha para mim ligeiramente apreensivo e eu passo a ter a sensação de que vou permanecer às escuras como sempre. Bom, isto não vai resultar entre nós se não confiarmos um no outro e se não partilharmos as nossas coisas.

- Eu prometo que te conto tudo sem deixar nenhum pormenor de fora, mas antes quero que conheças alguém... - ele diz deixando-me baralhada.

Conhecer alguém? Quem?

- Quem? - profiro.

E de repente ocorre-me que só podem ser os pais ou as irmãos. Algum deles deve-se ter sentido mal e Liam teve que se ausentar por isso. Claro, faz todo o sentido.

- Aceitas jantar hoje em minha casa? - o meu chefe convida.

Ao olhar para o seu rosto, encontro nos seus lábios um sorriso tímido. Que adorável. Acho que nunca vi o meu namorado tímido ou envergonhado.

- Está bem. - retribuo com um sorriso.

Ele caminha até onde estou, e os seus lábios atacam os meus com urgência, com uma fome inexplicável que há muito nenhum de nós sentia.

Pega em mim ao colo e coloca-me sentada em cima das mesas, posicionando-se ao meio das minhas pernas. Num ato despercebido enrolo as minhas pernas à volta da cintura do meu homem, segurando-me ele firmente pelas ancas.

O moreno solta os nossos lábios, beija a minha mandíbula de forma gentil e lenta.

Apoio uma das minhas mãos em cima da superfície onde estou sentada para me segurar, Liam desce os seus lábios humedecidos pela minha pele em chamas até ao pescoço, onde suga e morde a minha pele. Quando está satisfeito deposita pequenos beijos nas marcas que fez, como se estivesse a marcar território. Encontra novamente a sua boca com a minha, e finaliza com um beijo após prender o meu lábio inferior nos seus dentes, o que faz surgir o sabor de sangue.

O seu sorrisinho idiota no rosto é maravilhoso.

- Satisfeito? - esfrego agora a área sensível do meu pescoço com a palma da mão.

- Não tanto quanto gostaria.

A sua resposta faz-me arquear o sobrolho. Então ele completa.

- Quem é aquele tipo que aqui estava contigo? - ah! Então ele está a marcar território por causa do Rowdy? Deus do céu!

Amor & ObsessãoWhere stories live. Discover now