Epílogo

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Louis entrou na delegacia, calmamente, como se estivesse em um passeio agradável. O policial o algemou, enquanto chamava alguém para interrogar Louis. O garoto se mostrava calmo, sereno, como alguém que não tem nada a temer, e Louis não tinha. Algemaram suas mãos em uma cadeira de ferro, que estava grudada ao chão.

"Pode começar sua versão da história". - O homem disse, se colocando na frente do garoto de olhos azuis, com um gravador na mão, e um cigarro na outra.

"Eu não o matei". - Louis disse convicto, totalmente certo de suas palavras.

"É o que todos dizem". - O homem tragou o cigarro. - "Então porque fugiu da cena do crime?". - Ele perguntou debochado.

"Precisava de tempo". - Louis deu de ombros.

"Tempo? Pra quê?". - Antes mesmo que Louis pudesse responder, uma mulher entrou na sala, com os olhos arregalados, e alguns papeis na mão. Outros dois homens vieram atrás dela, murmurando coisas incompressíveis. - "O que está acontecendo?". - O homem perguntou impaciente, apagando o cigarro, e a mulher lhe estendeu os papeis.

Os olhos do homem se arregalaram, ele encarou Louis, que tinha um sorriso vitorioso nos lábios e um olhar presunçoso.

"Droga, porra, como vocês deixaram isso acontecer?!". - Ele se esticou para pegar um telefone, todos os presentes pararam para lhe observar. - "O garoto de cachos, vão atrás do garoto de cachos!". - Ele berrou irritado. - "O ex-namorado de Nick Grimshaw, o tragam agora!". - As pessoas voltaram a se movimentar cada vez mais rápido e Louis gargalhou.

"Boa sorte em tentar encontra-lo". - O garoto sussurrou para si mesmo.

"Não pense você que vai sair impune disso, você também não está com as mãos limpas nisso!". - O homem olhou com ódio para Louis, que continuava sorrindo. As pessoas ali presente foram saindo aos poucos, apressadas e atrapalhadas. Louis negou com a cabeça, e esperou, até ficar quase que sozinho, havia apenas um jovem mexendo em um computador, Louis o chamou, e o garoto se levantou assustado, o garoto de olhos azuis pediu um copo de água, de uma maneira tão inocente quanto, enquanto o jovem garoto estava de costas para o bebedouro, ele sentiu algo colidir com sua cabeça e caiu ao chão.

As algemas de Louis foram soltas, e o garoto se levantou em um pulo.

"Obrigada por isso, onde está o meu babe?". - Louis perguntou e Stan sorriu do garoto.

"Está lá fora, do jeito que você pediu, o dinheiro está abaixo do estepe, então não exploda o carro!". - Stan disse enquanto eles cuidadosamente saiam da delegacia.

"Você falou com Niall?". - Louis perguntou apreensivo.

"Sim, eles estão no local combinado, estão seguros, você só precisa dirigir até lá, os meus camaradas vão lhe dar o combinado, e parece que finalmente estamos quites, Tomlinson, está tudo do jeito que você pediu". - O garoto disse em tom brincalhão e Louis sorriu.

"É bom mesmo, caso contrário eu não hesitaria em voltar aqui só pra chutar seu traseiro". - Louis disse pegando a chave de um conversível vermelho, e entrando no mesmo.

"Depois do que você fez, eu não duvido de mais nada vindo de você". - Stan disse pensativo e talvez até assustado por pronunciar isso alto.

"Eu não obriguei ele a fazer nada que não queria fazer, afinal, eu estava em 'perigo', até mais, Stanley". - Louis deu partida no carro, dirigindo o mais rápido que pode.

[...]

Harry estava sentado na cama, amarrado quase que totalmente, Nicholas parecia aflito e com muita raiva. Ele ouviu o barulho do carro por fora do casebre, e logo após um tempo a voz melodiosa e fina de Louis. Harry se permitiu sorrir abertamente, Louis estava realmente lá, estava realmente lhe salvando. O garoto de olhos azuis arrombou a portinhola, segurando uma arma. Harry estremeceu, os olhos de Louis varreram por todo local e só pararam quando fitaram Harry, o ser minusculo e com o rosto inchado de tanto chorar.

Original Prankster | L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora