Capítulo 12

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Lizza

Desde que nos encontramos na empresa, senti uma sensação diferente quando ele me olhou, isso me deixou sem palavras no primeiro momento, quando fui em sua sala, percebi como ele me olhava, o seu jeito era misterioso, isso me tentava a querer descobrir por que ele agia assim. Mas quando perguntei sobre ele, Carlos falou que o seu problema não era nada sério, e sim noites de prazer que o deixava daquela forma, rapidamente me arrependi de perguntar mais alguma coisa, e foi quando o vi me olhando da porta do restaurante que tudo mudou completamente. Eu pensei que ele estava feliz por nos encontrar, mas não ele chegou de um jeito, parecendo não gostar de nos ter vistos juntos, aquilo me deixou com uma pulga atrás da orelha novamente, como ele pode ser tão bipolar, a ponto de chegar a ser dois tipos de pessoas diferentes ? Não consigo entender ele, e isso me deixa confusa por dentro, pois sempre que estou perto dele, me sinto estranha.

O que mais me abateu foi ouvi-lo dizer que estava sendo apenas uma diversão para o Carlos, me senti como uma qualquer perto do Carlos.Claro não bancarei a ingênua agora, ele demonstra ser esse tipo de homem que tem várias. Carlos é um homem como outro, não irei julga-lo ou perguntar nada.Confesso que fiquei chateada pelo o modo que ele falou, nem mesmo as palavras de Clarisse me humilhando na frente de todos na empresa doeu tanto quanto as palavras dele. Quem ele pensa que eu sou? uma qualquer? ele não me conhece pra dizer algo assim de cara sem procurar conhecer a pessoa. Foi como se tudo o que Carlos me falou sobre ele, fizesse sentido. Agora só tenho mais certeza de que ele é um cafajeste, no fundo isso me magoou, pois jamais alguém me tratou desse jeito, sinceramente isso foi demais pra mim, e o pior que agora sinto vontade de chorar, mas serei forte, se ele pensa que sou assim, mostrarei que não sou. Pelo visto ele é mesmo um idiota, isso só mostra o tipo de pessoa que ele é.

Eu realmente não queria acreditar no que ele havia dito, mesmo não sendo diretamente para mim, me senti exatamente como ele falou.

- Está tudo bem Liza? - Carlos pergunta me tirando dos meus pensamentos.

- Sim. Estou bem. - Limitei-me a dizer.

- Pois não parece, tem certeza que está bem? Foi algo que eu disse ou que o Max falou? - Ouvir seu nome me deixou com desgosto.  Só queria não te-lo encontrado.

- Na verdade eu preciso ir, já está ficando tarde. - Respondo tentando sorrir, mais por dentro estou muito magoada.

- Sei que ficou chateada com algo, mas o Max, ele é assim, não mede o que fala. -vejo que diz a verdade. Ele não demonstra ser uma pessoa que se aproveita de mulheres. -Mas que pena, estava tão boa a sua companhia.-sorri fraco.

Então ele é assim com todas.  Não sabe tratar bem uma mulher e pensa que pode fazer isso quando bem deseja. Isso não ficará assim. Apesar que as palavras foram direcionadas ao Carlos, mas senti-me acuada em questão de valores,  se ele disse aquilo com certeza acha que sou uma mulher fácil.

É ai que ele se engana.

- Só tenho mesmo que ir.-Digo- Obrigado pelo jantar estava perfeito. - Falo e me levanto, a qualquer momento irei desabar na frente dele, e não quero que ele pergunte o por que, não teria sentido se isso acontecesse.

- Espere eu te levo. -Ele diz e assinto segurando as lágrimas.

Carlos paga a conta e então seguimos para o seu carro. O caminho todo foi em silêncio e agradeço por isso. As suas palavras ecoam em minha mente a cada instante que me lembro do seu olhar sobre mim. É como se ele tivesse esse poder de me magoar profundamente apenas com o olhar, mas o que eu estava esperando? Ele é só o meu patrão na empresa e eu sou apenas uma funcionária que acaba de sair do buraco.

Foram tantos pensamentos, que nem havia percebido que tínhamos parado em frente do meu apartamento.

- Tem certeza que está tudo bem? - Carlos pergunta.

- Tenho, foi só uma dor de cabeça que esta me incomodando. - Minto novamente. Mas a dor queria se tornar real.

- Melhoras pra você, se precisar de qualquer coisa, me ligue está bem? Te vejo amanhã. - Ele diz e quando vai me dar um beijo de despedida, ele me beija. Tento me resistir mas ele segura minha nuca e só paramos porque consegui me afastar.

Olho para ele e tento entender o porquê dele ter feito isso. Isso não deveria ter acontecido.

- Me desculpe, não foi minha intenção. - Ele diz sem jeito.

- Por favor nao misture as coisas.-digo com raiva.-Esqueça isso, somos empresário e secretaria, apenas isso. - Falo e saio rapidamente do carro sem esperar ele falar.

Como isso aconteceu? Droga!

Vejo seu carro partir e entro no apartamento, preciso de um banho pra espairecer. Hoje não foi o meu dia. Primeiro a Clarisse, depois o Max e agora o Carlos? O que mais falta me acontecer?

Lembro das palavras do Max e me decepciono comigo mesma.  Não devia ter aceitado assim de cara, no primeiro dia de trabalho,  o que ele pensará de mim?

Que sou mesmo uma mulher fácil.

Não eu não dejxarei isso acontecer,  quero distância .
Entro no meu Apê e agradeço por Rodrigo estar dormindo, não estou com cabeça para mais nada hoje. Tomo um banho demorado e visto uma roupa de dormir confortável. Tudo que quero é esquecer de tudo o que aconteceu esta noite. Depois de deixar algumas lágrimas caírem acabo adormecendo.

***

Acordo com uma dor de cabeça terrível, resultado de uma noite mal dormida. As lembranças insistem a voltar, e só de lembrar que tenho que encará-los na empresa, me sinto como uma menina indefesa, com medo de encarar a realidade.

Liza respira fundo e vai.

Tomo um banho demorado, e visto uma saia preta social e uma blusa branca, calço um salto igual da mesma cor da saia. Tento esconder as olheiras com maquiagem, porém, não ajudou muito, mas da para levar.Olho-me no espelho e sinto-me como a Elena de The vampire diaries , murmurando no espelho aquelq frase otimista:

"Hoje vai ser diferente. "

A única coisa que falta pra mim é o otimismo.

Vou para a cozinha e Rodrigo estava preparando nosso café da manhã. Sento a mesa, e pego uma das xícaras e coloco meu café.

- Bom dia. -murmuro.

- Pelo jeito a noite com o empresário não foi nada boa. - Ele diz.

- Só uma dor de cabeça nada demais, mamãe deu notícias? - Mudo de assunto.

- Sim, ela falou que está bem, e que já está com saudades da gente. - Ele diz sorrindo.

- Também sinto saudades dela, queria que ela tivesse aqui. - Falo triste.

- Também  - Ele diz.

- Logo iremos lá, e vamos convencer ela de vir conosco. - Ele assenti e então tomamos nosso café.

Logo saio do apartamento, e
pego um táxi, pois ainda não tenho carteira e nem sei dirigir, tenho que aprender logo. Assim que chego na empresa os olhares são direcionados para mim, não sei porque, me sinto como se todos soubessem do que aconteceu na noite anterior. Mas ignoro,  preciso mostrar que sou firme e pronta para o que der e vier. E assim o fiz. Caminhei a passos largos e alguns funcionários me davam bom dia.

- Bom dia. - Falo para as pessoas que estão passando por mim. Clarisse não está, o que pra mim é estranho e um alívio. Dou de ombros e vou para a minha sala. Espero que o meu dia não seja farto como o primeiro.

Havia vários documentos para ser entregues ao Carlos e teria que entregá-lo imediatamente, por ser de urgência. Espero que ele não toque no assunto a noite anterior.

Subo para o andar de cima, e logo as portas do elevador se abrem. A sala do Carlos é ao lado da sala do Max, assim que passo pela porta dele, ouvi vozes estranhas, parecendo com... a Clarisse? Será mesmo que é ela?

Decido verificar de perto, e vejo a porta entreaberta, assim que me aproximo confirmo minhas suspeitas, e vejo os dois na cena mais obscena da minha vida. Não sei porque, mas isso me destrói e então saio correndo.

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