Capítulo 31 - "Aquela felicidade que se foi"

776 57 13
                                    

com: JulianaRamosAzevedo

VICTÓRIA – Vamos logo, estou com dor. – pediu fadigada.

HERIBERTO – Beba o resto do chá. – exigiu, ela era como uma criança teimosa.

VICTÓRIA – Esta horrível. – fez cara feia.

HERIBERTO – Beba agora! – repreendeu.

VICTÓRIA – Só tem água nisso e um gostinho de nada de canela.– deixou no balcão e se levantou.– O que tá fazendo? Eu preciso dormir, vou acordar cedo.

HERIBERTO – Estou pegando você no colo e levando pra cama. Só isso. – ele a ergueu, era leve, pequena e frágil.

Subiram, mas ao chegar no quarto, estava vazio. Não tinha cama, nada de mobília. Victória se esqueceu que tinha mandado esvaziar aquele espaço. Ela o olhou.

HERIBERTO – Porra, vick! – suspirou e sem dizer nada, ele caminhou com ela para o maldito quarto dos dois naquela casa. Entrou em silêncio e a colocou na cama.

VICTÓRIA – Eu esqueci, Heriberto, não precisa gritar comigo. – falou sentida. – E se não quiser ficar, tudo bem, pode ir! – desdenhou. – Eu estava aqui dormindo sozinha, posso continuar.– se arrumou na cama e deitou de costas pra ele, sem dramas.

Heriberto retirou sua camisa com raiva e a calça, ficando apenas de cueca. Deitou-se e se cobriu com edredom e cobriu Victória. Colocou seus braços para cima e ficou olhando o teto.

HERIBERTO – Você esqueceu, Victória? Que tinha tirado a mobilha do outro quarto? – perguntou magoada com ela, achando que tinha armado para obrigá-lo a dormir lá com ela.

Victória começou a tossir.

HERIBERTO – Minha maleta está no carro, vou pegar um remédio para você.

Heriberto saiu do quarto, foi ao carro, chovia muito. Pegou antitérmicos, fez outro chá e levou. Victória já estava adormecida.

HERIBERTO – Amor, acorda, toma o remédio.– ofertou a ela.

VICTÓRIA – Me deixa, já não consigo dormir e me atrapalha.– sentiu-se dolorida.

HERIBERTO – Toma o remédio, Victória.– a tocou na cama.

Ela virou pro outro lado.

VICTÓRIA – Não quero. – era teimosa, podia estar morrendo e não queria beber nada, nem ir ao hospital. – Me deixe dormir, idiota, a culpa é sua!

HERIBERTO – Victória!– falou alto com ela, mas ao olhar suas costas percebeu que ela tinha uma marca roxa com um arranhão.– Meu Deus! Está arranhada? O que é isso Victória, nas suas costas? – ele colocou o chá e o remédio ao lado da cama. Ela suspirou, queria só descansar, não o respondeu.

Heriberto suspirou e voltou a cama, abraçou o travesseiro, estava cansado de discutir. Estava decidido a ir embora dali assim que a chuva melhorasse. A sua mente vagou e por segundos ele se lembrou de como amava aquela casa e de como ali, tinham sido felizes muitas vezes...

LEMBRANÇA DE HERIBERTO ON:

Heriberto estava chegando de viagem e sorriu ao entrar em casa. Era tarde, a esposa tinha preferido ficar na casa refúgio, que eles amavam. Foi até o quarto dos filhos e beijou com carinho. Tinha comprado presentes para os dois, mas só entregaria no outro dia. Foi ao quarto e lá estava ela.

Você e Eu, Eu e VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora