Capítulo 6

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Estou com muita fome, chorei boa parte do dia e resolve dormir a tarde. Tive vários pesadelos, meus olhos estão inchados de tanto chorar. Acabei de acordar sentido meus braços ardendo. Levo um susto ao ver um rapaz de cabelos longos cuidando das minhas feridas.

-Quem é você?! O que está fazendo aqui!? - Me encolhi assustada, ele me encara confuso não respondendo nada. Ele tenta passar um pano molhado no meu braço, mas eu me afasto e ele me encara suspirando.

-Eu só quero limpar suas feridas ou vão infeccionar. Serei rápido e logo saio.- Não me olhando com desprezo como aquele nojento faz, eu acabo permitindo ele limpar meus braços, mas morta de vergonha por estar semi-nua diante de um rapaz que deve ter a mesma idade que eu.

-Qual o seu nome? Se é que posso perguntar.-murmurei sem jeito, ele sorrir de canto. Seus traços são bem bonitos.

-Me chamo Will e você? -Me encarando com um sorriso ele me analisa, mas permaneço calada. Não direi ou com certeza ele contará ao arrogante.

-Sei que é difícil confiar em mim, não à culpo. Não precisa dizer nada que não queira eu vou entender.- Me dando um sorriso encantador e cheio de compreensão, acabo por confiar nele, mas só o meu apelido.

-Me chame de Nana. Só o meu irmão casula me chama assim e você se mostrou muito amigável só não conta a ninguém. - Ele sorrir e termina de colocar uma atadura no meu braço que estava com um corte superficial. Acho que arranhei em algum galho de árvore.

- Pronto, Nana. Tem mais algum lugar que eu precise fazer curativo?- Encaro meu pé e aponto, ele se aproxima e toca.

- Aii!! Isso dói muito! - Gemo com a dor e ele pega um pano molhado, começando a passar. Seguro o choro pois está doendo muito.

- Calma, eu vou ter que dar alguns pontos, esse está profundo você deve ter pisado em cacos de vidro ou em uma pedra afiada, se demora-se mais iria infeccionar.- Respiro fundo aguentando a dor e deixo ele fazer seu trabalho.

Ele suturou o local, acabei chorando um pouco, não consegui segurar, doeu muito!

- Obrigada! Mas acho que ainda falta minha cabeça, eu bate quando....caí. - Eu iria dizer quando fui atacada, mas não faria diferença para ele.

Após terminar de limpar minha cabeça, ele disse ter só um arranhão nada de mais.
- Bom...terminei. Foi um prazer conhecê-la senhorita Nana, espero não ter que cuidar de mais ferimentos seus.- Ele encara meu pescoço e sua expressão muda ficando sério. Fico sem graça, pois imagino que ele esteja roxo. Pegando um algodão ele passa álcool e limpa meu pescoço e dá um sorriso acolhedor. A porta se abre derrepente me fazendo levar um susto e o maligno entra com um semblante frio e comprimenta o rapaz que parece intimidado com a presença do Alfa.
Eu mais ainda. Será que ele veio me machucar outra vez? Oh Deus não deixa não, por favor!

- Obrigado, Will. Vejo que se deu bem com a nossa hóspede. - Seu tom de voz é frio e sem um pingo de emoção. Will dá um sorriso forçado e faz um sinal com a cabeça e sai, ficando eu e o demônio. O que faz meu estômago embrulhar, não sei de fome ou de medo.

- Está vendo?...não sou tão mau. Deixei ele vir cuidar de você um dos nossos melhores enfermeiros. Pude ouvir você dizer seu nome a ele e a mim você não contou, e nem ao Blake que parece admirar tanto você. Bem feito para você lobo teimoso não tá vendo que ela não é nossa companheira.- Ainda sentada no colchão observo ele que sorrir  em deboche.

Enguli em seco não imaginei que ele pudesse ouvir atrás da porta e o lobo dentro dele tem nome, "Blake" combina com ele...e porque me importo com isso?

Continuo calada e ele se aproxima pegando uma cadeira em um canto e se senta de forma contrária me observa de um jeito que não sei decifrar, mas que me incomoda com certeza.

Livro 1 "família Garou " Protegida pelo Alfa Sanguinário.Concluída Where stories live. Discover now