Prólogo

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Existe um ditado que diz: "A felicidade está onde o coração encontra repouso.". Nunca acreditei neste ditado para ser sincera. Quer dizer, não exatamente da forma como todo mundo acredita que seja este "repouso".

Meu coração encontra repouso de diversas maneiras, como: quando eu como a minha comida favorita; ou então quando consigo juntar uma renda extra para comprar mais um livro para a minha coleção; às vezes quando mamãe compartilha suas conquistas em relação à venda de seus escritos; mas nunca, nunca em relação a alguém, como um amor.

A minha felicidade era oposta de todas as pessoas que eu conhecia.

E foi por essa questão que passei a estudar o ato de se apaixonar. Quer dizer, o motivo fora Austin Scott. Meu primeiro amor que durou três incuráveis anos de sofrimento pela rejeição. Na verdade não posso culpa-lo, porque nunca soube dos meus sentimentos por ele.

            Naquela época eu com certeza não fazia o seu tipo de garota. Apesar de ter estudado na mesma classe durante todos os três anos, ele nunca me tivera notado. Quem sabe pelos meus longos cabelos castanhos escuros que normalmente estavam bagunçados por conta do ondulado, e praticamente cobriam meu rosto. O óculo de grau fundo também deixava a minha aparência um pouco desfavorável.

            Mas algo que mesmo naquele tempo que os hormônios estavam a flor da pele e que as meninas costumavam fazer loucuras para chamar a atenção do menino em questão, eu me amava. E me amava mais do que qualquer sentimento que sentisse por Austin. E eu me agradeço por isso todos os dias.

            Não estava disposta a mudar.

            Não estava disposta em ter o corpo perfeito. E não estava disposta em tratar meus cabelos para que eu fosse enfim notada. Afinal, o amor não se trata disso, não é? Você precisa amar alguém de verdade pelo que se é.

            E claro que eu amava Austin pela sua beleza exterior também, mas eu já o conhecera assim. Não havia nada que eu quisesse mudar.

            Mas então, quando faltavam apenas quinze dias para que as aulas acabassem e eu me livrasse daquele amor platônico que nunca passara da minha mente, passei a criar quinze vantagens de não se apaixonar. Seria uma dica para mim mesma, para quando ingressasse na faculdade e então eu tivera que levar para a minha vida.

As vantagens de não se APAIXONAROù les histoires vivent. Découvrez maintenant