Teresa- Uma Garota Quase Cristã- Livro 2

Capítulo 14

Talvez eu estivesse me precipitando, mas eu estou louca para o Miguel me pedir em namoro. Cogitava isso durante todo o dia. Então peguei meu leptop, entrei no facebook, e mandei uma mensagem para Clara.

~ Teresa:

Boa tarde Clara! Gostaria de falar o mais rápido possível com você, tenho novidades quentíssimas.

~ Clara

Eu não estou nem um pouco afim de ouvir o que tem pra me falar. Não estou passando por um momento bom.

~ Teresa

O que houve? Quer compartilhar?

~Clara

Meu pai chegou bêbado mais uma vez, ele bateu na minha mãe Teresa, ela está toda roxa aqui e chorando. Eu estou sem saber o que fazer, e justamente depois disso Estêvão esteve aqui. Ele falou que Deus me queria, que era para ser uma Cristã temente a Deus e que se eu continuasse duvidado de sua existência iria mostrar da pior forma que ele existe e que eu ia sofrer muito. Estou com medo, muito medo Teresa.

~Teresa

O quê? Isso é patético e ridículo, não acredita nisso amiga.

~ Clara

Você não sabe o que eu vi nos olhos de Estêvão, não sentiu o que eu senti. Deculpe, mas eu estou indo agora mesmo para a igreja mais próxima que encontrar, eu acredito na existência dele. Ele vive de verdade e a minha vida só depende dele.

~ Teresa

Você se contaminou sua estupida, está caindo fácil, fácil no que o Estêvão disse. Para de ser imbecil e não sai da sua casa. Irei ai colocar juízo nessa sua cabecinha de vento.

10 min depois...

~ Teresa

Ana clara você está ai?

5 min depois...

~ Teresa

Ana claraaaa??? Você não foi fazer o que disse, ou foi?

- Droga! Que garota estupida. Estêvão também falou comigo mas isso não é verdade. Ele com certeza percebeu que não acreditamos em Deus e combinou de me dizer e depois ela.  - Cogito.

- Vim trazer isto senhorita. -Magda entra com um embrulho fino e quadrado.

- O que é isso? - Pergunto olhando para o tal presente.

- Eu não sei, entregaram aqui e tem escrito que é pra você. - Disse colocando o presente na cama.

O abro ansiosa julgando ser algo de Miguel. Minha intuição não falhou, era o quadro, o quadro que ele havia me desenhado.

- Olha Magda, olha se não é lindo esse quadro?

- Muito bonito. - Mamãe disse entrando no quarto me fazendo gelar.

Engulo a saliva pensando no que irei dizer.

- Quem o fez querida?

- Ahh... Um amigo da escola mãe, ele desenha muito bem não é?

- Sim, é igualzinha a você
- Pegou o quadro de minhas mãos.

Comecei a torcer para que não tenha a assinatura de Miguel nele, e se tiver por favor que não perceba.

- Uma vez uma pessoa me desenhou também.

- Sério? Quem foi o pretendente? Peguei o quadro e fiz cócegas em sua barriga.