Teresa- Uma Garota Quase Cristã- Livro 2

Capítulo 21

Eu não podia acreditar que tinha sido "Usada por Deus" então voltei ao hospital no mesmo dia.

- Boa tarde... Eu vim ver uma paciente?

- Qual o nome?

- Eu não lembro... Mas eu vim fazer uma visita para ela, saber se está bem.

- Ok. - Pegou um adesivo e colou na minha blusa de renda com o nome "vizita".

Caminhei corredores do hospital tentando lembrar a sala. Mas não me recordava muito bem.

- Eu posso ajudar? - O diretor que havia nos atendido mais cedo surge, para o meu alivio.

- Eu vim vê a...

- A Lilian?

-Eu não sei, não me recordo desse nome.

-Como eu imaginei, venha comigo.

O medico me conduz até um outro quarto, no qual está apenas a mulher.

- Ela está aqui. - O médico abriu parassagem para que eu passe.

Imaginei encontrar a mesma mulher extremamente magra, pálida, cabelos ralos, e acabada como hoje pela manhã, mas não. Ela está mais bem do que nunca, seus cabelos parecem sedosos e estão bem penteados, suas olheiras sumiram, seu olhar está alegre, e a tristeza já não faz morada em seu rosto, estava sorrindo e com uma aparência diferente. Jamais vi algo do tipo.

- Não pode ser.... - Murmuro.

A mulher levanta da cama e caminha em minha direção.

- Muito obrigada. Muito obrigada... - Começou a beijar minhas mãos.  - Eu estou curada graças a Deus e a você. - Enquanto ela beijava minhas mãos as lagrimas caiam.

- Eu não fiz nada...- Disse ainda em choque.

- Claro que fez. Você me levou para perto de Jesus. Eu nunca senti a presença dele na minha vida, mas hoje eu sinto.

- Não pode ser... - Olhei para o médico.

- Ela foi curada, como ela mesmo disse Deus a curou através de você.

- Tem certeza?

- Quer mais certeza que essa? -Olhou para a mulher que parecia saudável. - A situação dela não tinha mais jeito. Fiz alguns exames e no corpo dela não tem nada, nada... Ela foi curada da forma mais linda.

Depois da confirmação do médico saio do quarto correndo.

- Deus existe... Deus existe...- Cogitava em lágrimas enquanto corria.

- Não, não... - As lágrimas não sessavam. - Tem que ter uma explicação para isso.

- Ei cuidado.

Ouço a voz de Miguel e suas mãos me segurarem. Havia tombado nele.

- Miguel... - O abraço e ele retribui.

- O que aconteceu?

- Me leva daqui por favor. - Pedi e ele começa a andar ao meu lado envolvendo seu braço em minha cintura.

Chegando no apartamento de Miguel ele caminha para a geladeira.

- Eu não sei o a que aconteceu mas pelo visto foi sério. - Deduzia servindo um copo com água.

Sentei no sofá de couro preto e peguei o copo com água tomando-o rápido.

- Eu estou mal Miguel, na verdade eu não sei explicar minha situação.

- Talvez se me disser eu possa ajudar. - Sentou ao meu lado.

- Ninguém pode me ajudar. - Afirmei.