Teresa- Uma Garota Quase Cristã- Livro 2

Capitulo 34

O dia amanheceu frio, muito frio, o que me fez acordar. Sentia meus olhos inchados e uma dor no coração que não sabia explicar. Olhei para o lado e ali estava ele, o homem que destruiu minha vida.

- Acorda Miguel! Acorda. - O balancei bruscamente.

- O que quer? - Levantou sonolento.

- Você ficou com a minha mãe ontem? - Perguntei em tom alto.

- Não. - Respondeu com a voz fraca.

- Como não Miguel!? Para de mentir! - Começo a bater nele.

- Para com isso Teresa!

- É o mínimo que você merece, porque você é um desgraçado. Casou comigo para se aproximar da minha mãe! Que homem é você? Porque fez isso? O que eu tenho haver com a sua paixão pela minha mãe? Porque acabou com a minha vida desse jeito? - Chorava.

- Me perdoa... - Deu uma pausa enquanto falava. - E, eu não fiquei com a sua mãe, não tive coragem. Acho que não sou um monstro.

- Claro que você é!

Miguel levantou-se da cama como se sé estivesse prestes a explodir.

- Não Teresa, eu sou um idiota por estar gostando de você. - Caminhou em direção ao banheiro.

Será que é verdade? Ele está gostando de mim? Não, não pode ser verdade... Ele só está brincando comigo.

Minha cabeça estava confusa e cheia de dúvidas, então decidi ir ao hospital ver Magda. Os médicos acham que ela não irá sobreviver, e por isso permitiu visitas. Eles são muito idiotas por pensar assim, ela vai sobreviver, porque a Magda é uma das pessoas mais fortes que eu conheço.

Coloco uma uma blusa simples e um casaco de frio, pego minha calça jeans azul, e calço uma bota que vai até os joelhos. O frio havia chegado a New York, e eu gosto disso, o inverno é a melhor estação do ano para quem odeia calor como eu.

Chegando no hospital, caminho até o quarto de Magda, a encontrando pálida e muito gélida, suas mãos estava roxas e sua aparência mudada.  Me aproximei da cama e puxei a cadeira para perto.

- Porque isso tinha que acontecer com você Magda... - Sento na cadeira. - Eu estou precisando muito de você, por favor não me deixa sozinha. - Suplicava. - Sabe... Todos tinham razão, você tinha razão. O Miguel não me ama, ele só casou comigo para se aproximar da minha mãe... Eu descobri isso ontem e não imagina a dor que estou sentindo. Magda, luta por mim, pela sua menina, luta para ficar ao meu lado, temos muitas coisas para viver ainda, você não pode ir, não agora. - Repousei minha cabeça sobre seu abdômen. Ouço a porta se abrir e ao olhar para quem seja, meus olhos cruzam com os olhos de Estêvão.

- Estêvão...

- Oi, eu não sabia que estava aqui. - Disse sem jeito.

- E, o que você faz aqui?

- Eu soube do que houve, e como ela sempre foi gentil e boa comigo vim vê-la.

- Estêvão, por favor ora por ela. - Suplicava com lágrimas nos olhos. - Ora por ela, quando você ora pessoas são curadas e libertas.

- Mas não sou eu quem faço isso Tessa, Deus é quem faz. - Explicou confuso.

- Então ora, ora para que ela possa acordar, para que ela venha abrir os olhos e ficar bem. - Chorava.

- Me perdoa Tessa, mas eu não posso fazer isso.

- Porque?

- Eu não sei como dizer isso mas... Você não acredita em Deus.