Os dias passam voando, minha aproximidade com Miguel não tá lá essas coisas, é como se estivéssemos casando a força ou algo do tipo. Eu o amo, mas as vezes penso que ele não sente o mesmo. Embora ele diga que me ama quando eu pergunto é difícil acreditar.
- Bom dia menina! - Magda me cumprimentou. Uma mulher ligou para você agorinha.
- Mulher? Que mulher?,- Pergunto com a voz rouca. Tinha quase meia hora que acordei, mas sair da cama estava difícil.
- Disse que se chamava Eugênia. Pediu para te avisar que a filha acabou de falecer, irão velar o corpo dela hoje, eu anotei até o endereço. - Me entregou um bilhete.
- Oque... - Uma enorme vontade se chorar me toma. Eu havia feito umas cinco visitas a menina e não a vi piorar, estava estável segundo o médico.
- Você fez visitas para essa menina não fez? Estava se apegando a ela.
- Sim Magda... - Levantei da cama enchugando as lágrimas.
- Você não é má meu anjo, não é.
- Porque está dizendo isso?
- Sua mãe, nós conversamos por esses dias e ela me falou coisas ruins de você. Como ela não passa tanto tempo ao seu lado, vê apenas suas falhas. Mas você é boa, tem coração bom, só é muito mimada e birrenta, mas não é uma pessoa má.
-Minha mãe é o que menos importa agora Magda... Ela nunca foi uma mãe para mim. Não se importa comigo.
- Não diga isso querida. Ela te ama e seu pai também, mas ambos tem muito trabalho.
- Eu sei... E é isso que me enche de raiva, eles colocarem o trabalho em primeiro lugar. Mas eu não estou nem ai. - Limpei as lágrimas. - Sairei desta casa mesmo.
- Não fale assim meu amor. Quando se tornar mãe irá entende-los. - Disse enquanto acariciava meu rosto.
- Bom... A conversa não era essa... Eu vou para o velório Magda, você vem comigo?
- Eu não sei, você quer que eu vá?
- Sim, porque não? A mãe dela precisa de pessoa sábias como você, para confortar seu coração, eu sou horrível para essas coisas.
- Claro... Eu irei sim. Vou me trocar. - Remexia nos cabelos brancos que estavam bem presos por miuses.
- Vai logo! Eu vou tomar um banho e me vestir, não demora enhi. - Berrei enquanto a mesma atravessava a porta.
-Até aparece que eu me chamo Teresa Dominick. - Brincou e eu sorri para ela.
Depois de nos arrumarmos, vamos de carro para o velório. Tinha pouca gente mas o choro era de muitas.
- Ela era só uma menina! - Uma mulher de pele clara e cabelos negros gritava. Jogou seu corpo magro sobre o caixão e caiu em prantos, chorava inconsolável.
- Porque meu Deus! Porque levou minha filha, minha única filha. - Eugênia, a mãe da menina estava de joelhos próximo ao caixão, chorava tanto quanto a mulher que estava sobre a menina.
Magda correu para amparar a mulher que estava sobre o caixão e eu corri para o lado de Eugênia.
Não sabia quais palavras usar, mas a abraçava forte, por uma parte tive que concordar com ela, porque Deus levou sua filha? Uma menina inocente, e ainda causar tanta dor.
Ajudei Eugênia a levantar do chão e guiei-a até uma cadeira.
- Você precisa ser mais forte do que nunca agora. - Disse abaixada em sua frente. Segurava suas mãos como forma de lhe dar forças.
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Teresa- Uma Garota Quase Cristã- Livro 2
רוחניA vida nunca foi tão complicada para Teresa Dominick como agora, fingir para os seus pais e uma congregação inteira ser cristã, estava cada vez mais difícil. Seu pai(Stefan), um pastor reto e cheio de méritos e sua mãe (Sarah), cantora e serva fie...