Você quer brincar comigo?

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Eu brincava muito. Sempre que estava sozinho por muito tempo. Sempre que estava muito triste ou muito feliz. Fazia para passar o tempo. Fazia quando o tédio quase me matava ou quando sentia vontade.

Por isso, enquanto esperava Lydia, eu brinquei.

A sensação era boa. Muito boa. Era gostoso, relaxava. Podia fazer aquilo por infinitas vezes seguidas. Até sentir meu fazedor de xixi doer. Mesmo assim, continuava bom.

Alex nunca tinha me ensinado a brincar. Eu aprendi sozinho. Não lembro como, só sei que algum dia, descobri como passar o tempo. Como fazer meu corpo descansar.

Brincar me ajudava a dormir quando a insônia me dominava. Ajudava também quando eu estava com dor no corpo. Parecia que de alguma forma, trazia alivio.

Comecei a brincadeira devagar, sentindo meu corpo pedir mais. Eu tinha medo de Lydia demorar no banho. Então, queria demorar na brincadeira. Queria que o tempo passasse mais rápido, para eu ver de novo o Paraíso.

A única coisa ruim da brincadeira, é que me deixava sujo. O fazedor de xixi ficava em pé de um jeito que me dava vontade de rir. Parecia que ia tomar vida própria e sair andando para fora do meu corpo. E saía um liquido. Isso que me sujava.

Mas eu não me importava. Não muito. Só não gostava de limpar depois. No entanto, valia a pena. Tipo, demais. Porque a brincadeira era muito boa. Fazia meu corpo estremecer e ficar quente. Dava calor. Um calor bom. Muito. Muito bom.

A brincadeira estava perto de acabar. Minha mão já estava suja. Meu fazedor de xixi estava molhado. Eu sabia que se continuasse um pouco mais, meu corpo finalmente ficaria relaxado. Sabia que o líquido branco ia surgir e com isso, a dor do meu corpo ia ceder.

Foi nesse momento que o céu voltou. Ela era linda. Tão linda que meus olhos doíam. Eu tinha vontade de estender as mãos e tocá-la. Ela ficou lá. Parada na frente da porta do banheiro.

Olhei para seu rosto. Seu lindo rosto. Observei seus olhos verdes. Muito verdes. Eles estavam arregalados, surpresos. Ela escancarou a boca e as bochechas vermelhas. Tão vermelhas! Como conseguia corar tanto?

— C-céu? — Minha voz tremeu. Pareceu fraca, rouca, arrastada. Eu diria que pareceu um gemido.

Não tinha parado de brincar. Minha respiração estava acelerada. Acelerada demais. A brincadeira estava na melhor parte. Tão gostoso! A qualquer momento eu ia estourar com o liquido branco e a sensação boa, de paz.

Ela não falou nada. Só olhou para mim. Eu amava aquilo. Amava ter seus olhos grandes e lindos olhando para mim. Queria prender os olhos do Paraíso na minha direção. Para sempre.

Lydia olhou para meu fazedor de xixi. Observou minha brincadeira. Por algum motivo, isso tornou tudo mais gostoso. Fechei os olhos, deixei a cabeça cair para trás. Já nem sentia a dor dos machucados, todo meu corpo estava concentrado na sensação boa.

Aumentei o ritmo da brincadeira. Senti os sinais do alívio chegando em mim. Deixei que um som rouco se libertasse da minha boca. Sentia vontade de sorrir com aquela satisfação.

— Céu... quer brincar comigo? — Ofereci fraco. Eu arfava.

Apesar de querer que ela brincasse comigo, eu não aguentei. Meu corpo explodiu. O fazedor de xixi expulsou o liquido branco. Abri os olhos e encarei minhas mãos sujas.

Continuei brincando com meu fazedor, esperei que ele deitasse de novo. Eu não sabia o porquê daquela parte ficava em pé, apontando para o céu toda vez que eu brincava. Mas sabia que depois descia. Deitava e ficava flácido.

— Desculpe. — Murmurei com o corpo relaxado, os olhos quase voltando a se fechar. — Eu posso brincar de novo com você.

— S-Stiles...

Ela disse meu nome com aquela linda voz. Aquela linda boca. Tudo nela era lindo. Eu queria tocar nela. Tocar em suas bochechas. Ela estava muito, muito vermelha.

Pela primeira vez, vi que ela usava minhas roupas. A blusa chegava à altura de seus joelhos. A calça estava larga, muito larga. Ainda assim, ela estava linda. Tão linda! A roupa ficava melhor nela do que em mim. Muito melhor. Ela era melhor do que eu.

Olhei fixamente para onde ficava o volume dos seios. Por algum motivo, o volume parecia um pouco menor. Mas continuava lindo. A blusa, minha blusa, era branca e mostrava que os seios pareciam menos redondos e mais.... Não sei dizer. Pontudos?

A forma era quase como um triangulo. Ou uma gota. Como as gotas que caem do chuveiro. Ainda tinha algo arredondado, mas a forma como se empinava para frente chamou mais minha atenção.

O cabelo ruivo de Lydia estava molhado, pingando. As gotas caiam sobre a blusa e isso fazia o tecido se tornar transparente. Eu queria ver seus seios. Queria muito saber como eram. E conseguia ver um pouco. Um pouquinho.

Conseguia enxergar um tom rosado e algo marcava bem a blusa. Algo pequeno e redondo. Não eram os seios. Parecia estar por cima dos seios. Se eu tivesse que adivinhar, diria que aquelas pequenas partes estavam duras. Era... era como um bico de mamadeira. Como dois pequenos bicos. Eu queria olhar. Precisava.

— Eu posso ver? — Perguntei por impulso. Lydia ainda estava calada.

Minha mão ainda apertava o fazedor de xixi. Eu não conseguia parar de olhar na direção dos seios. Sentia vontade de brincar de novo. Queria brincar olhando para os misteriosos sérios.

— O q-quê?

O céu parecia assustado. A primeira mulher do mundo parecia... distante, surpresa. Ela ficava cada vez mais vermelha, mais linda. Tão linda! Queria abraçá-la.

— Posso ver seus seios? — Pedi tímido de repente, com medo que ela não deixasse. — Eu quero ver como é.

— V-você não sabe como é?

Neguei com a cabeça. Franzi o rosto.

— Você é a primeira mulher do mundo.

Silêncio. O silêncio durou tanto que eu parei de olhar para ela. Encarei meu fazedor de xixi. Ele estava ficando em pé de novo! Sentia endurecer na minha mão e tudo que eu desejava era olhar para os seios.

— Stiles... — Ela estava nervosa. Eu sabia disso, mas não entendia o motivo. — V-você pode, por favor, guardar o... — O céu fechou os olhos. Respirou fundo. — Fazedor de xixi?

— Por quê? Eu quero brincar de novo e estou melado!

Olhei para o fazedor de xixi e juntei as sobrancelhas. Se eu puxasse a calça para cima, ia me sujar com o líquido engraçado que tinha saído de mim. Não queria isso. Não queria mesmo.

— P-por favor, só.... — Ela fechou os olhos. Por que ela fechou? Queria ver o verde intenso. — Você não pode brincar na minha frente.

— Por que não? — Fiquei confuso, incomodado com aquilo. — Você não quer brincar comigo?

— Não, Stiles! Eu não quero brincar com você!

Encolhi os ombros. Tremi. Senti meu rosto arder, arder muito. Fechei os olhos e desejei mais do que tudo, desaparecer. O Paraíso estava com raiva. Raiva de mim.

Eu me odeio. Eu me odeio! Sempre odiei. Sempre. Queria desaparecer. Queria agradar o céu..., mas nunca ia conseguir.

O jeito como ela falou, alto, brava, fez com que eu segurasse o fazedor de xixi. Ele estava quase em pé, mas eu ignorei isso. Puxei para dentro da cueca e da calça, sabendo que ia sujar o tecido.

Não tive coragem de falar com o Paraíso. Estava com vergonha. Com medo.

Peguei a toalha ainda molhada, que o céu tinha acabado de usar. Busquei minha cueca e uma nova blusa. Entrei no banheiro com a intenção de me limpar. Não fechei a porta. Eu nunca fechava.

— Ela me odeia. — Sussurrei para mim mesmo, incrédulo. — Meu pedaço de céu me odeia.

O Pequeno pedaço do céuWhere stories live. Discover now