O médico é o monstro

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OLÁ LEITORES!! Vocês nem imaginam como estou feliz por estar atualizando hoje!! Estava com MUITAS saudades de vocês, até porque estou há meses escrevendo e revendo os planejamentos dessa história. Por sinal, tenho uma ótima notícia: antes de vir postar adiantei alguns capítulos ou sejaaa, as próximas atualizações vão ser rápidas!

Hoje já é dia 26, mas acredito que ainda podemos chamar isso de milagre de natal! Vocês estão preparados para os últimos capítulos da fic??! Essa é oficialmente a reta final da história, estou animada, realizada, nostálgica e meio triste também porque sou apaixonada pelos meus personagens. Espero que vocês aproveitem cada palavra que está por vir!

Como demorei demais, vou lembrar a vocês dos acontecimentos mais importantes dos últimos capítulos:

· Stiles e Lydia fugiram do Alex e encontraram um lugar abandonado que usam como abrigo

· Stiles aprende mais sobre o mundo e sobre as violências que sofreu

· Stiles e Lydia têm a primeira vez e planejam sair da casa em que estão para procurar ajuda no dia seguinte.

Espero que esses tópicos tenham ajudado a refrescar um pouco a memória de vocês! Quero também agradecer a uma das minhas melhores amiga, Mariana, que me incentivou, deu ideias, aguentou meus surtos e foi a primeira a ler esses capítulos. Obrigada por tudo! Te amo.

E a todos... boa leitura.

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Pela primeira vez em muitos anos ele estava sozinho em casa. As vezes jurava que podia escutar passos vindo do pequeno quarto no final do corredor e chegou a conferir se o cômodo estava mesmo vazio ao ouvir sussurros baixos de vozes conhecidas, no entanto, eram só alucinações da mente insone. Qual foi a última vez que dormiu? Há quantos dias? O passar do tempo deixou de ser linear, as horas atropelavam os minutos, tudo estava confuso, indistinto.

A ira era uma pressão sobre a cabeça que não o abandonava nunca, os olhos manchados de olheira estavam sempre arregalados, atentos, presos em uma busca constante. Procurava sem cessar a presença conhecida do garoto que fugiu de seu domínio, olhando para os lados como se ele, de repente, fosse se materializar na casa. As unhas já estavam muito roídas, mas continuava levando os dedos até a boca em uma espécie de tique nervoso que tinha adquirido recentemente. O controle que tanto ansiava, que o fazia se sentir vivo, tinha se derramado aos seus pés e escorrido para longe. Tudo tinha dado errado e ele revivia compulsivamente as lembranças de dias antes, tentando entender em qual momento errou e em quem poderia jogar a culpa.

Em pouco tempo chegou à conclusão que culpa era da Lydia, não tinha mais dúvidas. O seu maior erro foi ter pego a menina e prendido, devia ter matado como fez com todas as outras mulheres que capturou, no entanto, o fato de ser sua filha gerou curiosidade, excitação e o fez idealizar o poder da possibilidade de mantê-la na casa, de ter mais uma pessoa à mercê de suas vontades... no final das contas, o orgulho foi o que destruiu Alex. Agora ele percebia, conseguia enxergar o quanto foi arrogante ao pensar que conseguiria trancar dois jovens em um mesmo quarto e que nada daria errado. Se tivesse colocado eles em lugares separados, ou melhor ainda, se tivesse matado a garota, Stiles ainda estaria com ele. Conhecia bem o suficiente o menino para saber que ele jamais teria a iniciativa de fugir.

— Caralho, — xingou para o vazio, rompendo a quietude tão atípica na casa acostumada a aprisionar uma vida — se precisar eu mato todos os filhos da puta, mas vou trazer Stiles de volta pro quarto que é o lugar dele.

O Pequeno pedaço do céuWhere stories live. Discover now