A dor nunca veio

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Olá, leitores! Prometi que não ia demorar para atualizar e cumpri minha palavra. Estou muito ansiosa para vocês lerem esse capítulo porque estou super empolgada com essa parte da história, então nem vou escrever muito nessas notas iniciais.
Obrigada por todo apoio, vocês são incríveis! Boa leitura!

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Os lábios grossos beijaram a superfície do maxilar bem desenhado desfrutando do leve arrepio provocado pelo contato com a barba rala, arrastaram-se pelo pescoço branco, encontraram o peitoral magro e caminharam por sua extensão. Enquanto a boca explorava o corpo masculino, as mãos se ocupavam no cabelo escuro, embolando os dedos nos fios embaraçados, puxando rente à raiz e massageando o couro cabeludo. O quadril se agitava sobre as pernas que acolhiam seu peso, permitindo que os seios esbarrassem no tronco esguio. Cada centímetro do corpo e cada atitude de Lydia faziam com que o garoto suspirasse de satisfação.

— Eu quero mais, Lydia, — com a voz rouca de vontade, Stiles pediu em um sussurro urgente, agarrando o cabelo ruivo no desejo de puxá-la para um novo beijo — vamos fazer de novo.

A língua morna que trilhava o peito reto voltou a se acomodar dentro da boca e as pálpebras se ergueram, exibindo olhos verdes transbordantes de um aglomerado de emoções. Lydia ergueu a cabeça e espalmou as mãos no rosto dele, esquadrinhando todos os cantos do homem bonito, engolindo para si os detalhes que formavam aquele precioso momento de paz, deixando que as preocupações sumissem para encantar-se com os minutos que se desenrolavam.

— Sexo é bom — ansioso por resposta, Stiles acrescentou a observação em um tom de genuína admiração. O jeito gostoso que ele falou, envolvendo as palavras com assombro e ânimo, fez com que Lydia risse baixinho.

A resposta que ela planejou ficou presa na garganta quando a boca fina arrancou seus pensamentos. Carinhoso, o Stilinski a beijou com vigor, dominando os movimentos fortes das línguas que se comunicaram em silêncio. As mãos dele apertaram a cintura feminina e brincaram de deslizar até o bumbum que o atraía. Surpresa, Lydia perdeu o compasso da respiração e não teve a oportunidade de recuperar o fôlego porque os lábios finos não a abandonaram, ele continuou beijando, enchendo-a de desejo e satisfação. Apertaram um ao outro, colando carne com carne, lutando para fundir cada centímetro de pele. As palavras eram ditas sem nenhum som, os sentimentos assumiam o controle de ambos os jovens e com o passar dos segundos, eles só queriam mais.

Stiles estava extasiado ao ouvir o bater incessante dos corações descontrolados e depois, escutando um som de queda, como se algo se chocasse contra a estrutura da casa de madeira. Demorou uma fração de segundos para perguntar-se "que som é esse", atentando-se de que não veio dele nem de Lydia. Quase que no mesmo instante, a menina afastou as bocas em um movimento brusco, arfando. Ainda atordoado, ele abriu os olhos e se deparou com o pânico no rosto feminino, pois a Martin, com o raciocínio mais rápido, já tinha chegado a terrível conclusão de onde veio aquele barulho.

A adrenalina foi jorrada no corpo de Lydia. Em um momento ela estava sentada sobre Stiles e no outro, colocou-se de pé com um único impulso e agarrou as roupas esquecidas no chão. Ágil, vestiu-se na penumbra com movimentos apressados e jogou a calça para o garoto. Ao encará-lo, para seu horror, viu que o Stilinski permanecia sentado, nu, a expressão em um misto de medo e confusão.

— Stiles, se veste agora! — O sussurro feroz fez com que Stiles ficasse ainda mais assustado, tentando entender o que estava acontecendo. Já coberta pela blusa comprida, Lydia inclinou-se para ele e o agarrou no braço com grosseria, puxando para que ficasse de pé.

— O céu está escuro — atordoado, o garoto permitiu que ela o obrigasse a erguer o corpo, mas permaneceu sem reação, olhando para a janela que exibia a noite opressora, repassando na cabeça que o plano era sair quando o céu estivesse claro.

O Pequeno pedaço do céuWhere stories live. Discover now