Cumpridora de promessas

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Hey, lindos! Como vocês estão?

Estava morta de saudades dessa fic e finalmente estou aqui! Espero que gostem desse capítulo, estou nervosa para saber a opinião de vocês (como sempre).

Boa leitura!

** 

Fiquei sentado por muito tempo com as costas apoiadas na parede. De início tentei me distrair com números, mas eu não conhecia muitos números. Pensei em letras, ordenando elas na minha cabeça, mas também não foi o suficiente.

Dormi e acordei algumas vezes. A fome piorou, a dor da perna roxa aumentou. Mesmo assim, fiquei parado, calado. Não queria falar e ainda que eu quisesse, não saberia o que dizer.

— Stiles, fala comigo — Lydia sussurrou. Ela já tinha tentado outras vezes e apesar deu amar a sua voz, não respondi nenhuma vez. — Por favor!

Virei a cabeça para o lado oposto, sem suportar encará-la. Pela primeira vez eu não queria ver o céu, não queria a ouvir falar e nem mesmo tocá-la. Eu precisava ficar sozinho e fingir que ela não estava ali. Que ela não existia.

Fechei os olhos.

Acho que acabei dormindo, pois quando voltei a abrir os olhos tudo parecia mais claro. Encarei o chão de madeira, movi os dedos por ali e lutei para não pensar em nada. Queria a mente vazia, clara como um papel. Pois todos meus pensamentos naquele momento eram ruins.

Não sei quanto tempo passou. Só mudei a direção da cabeça quando ouvi um som. Um barulho comum e que eu odiava ouvir. Fino, delicado, triste e lindo na mesma medida. Era choro. Choro da Lydia.

Não queria vê-la, nem a tocar, nem pensar nela. Mas precisei virar a cabeça, precisei a procurar com o olhar. Ela estava encolhida, encostada na parede mais distante da minha, abraçando as próprias pernas, o cabelo cobrindo rosto. O cabelo lindo.

O Céu...

Não! Céu não. Preciso parar de chamá-la assim. Preciso parar até mesmo de pensar nela dessa forma. Nada de céu, nada de paraíso. Só Lydia. Nem mais minha Lydia, porque ela não era minha. Nunca foi.

Eu precisava ignorar a Lydia. Sei disso. Porém, era insuportável vê-la chorar. Doía demais. Fazia meu coração doer. Era bem pior do que a dor em minha perna, no meu corpo.

— Lydia? — Tinha ficado tanto tempo em silêncio que me pareceu estranho falar, como se não soubesse mais pronunciar as palavras. Engoli saliva. Minha boca estava seca, muita seca. Precisava de água.

Mesmo com meu chamado rouco, baixinho, Lydia ouviu. Ela ergueu a cabeça e me encarou. Os olhos verdes estavam tristes, desesperados. Meu estomago se revirou e por mais que quisesse desviar o olhar, não consegui.

O que eu tinha que fazer para não me sentir daquela forma? Queria odiá-la. Agir como se ela fosse o Alex. A odiar como eu odeio o Alex. Mas como fazer isso?

— Stiles! — Ela falou alto, a voz clara, bem diferente de mim.

Para minha surpresa, ela levantou de repente do chão. Com as lágrimas ainda caindo, andou até mim e voltou a se agachar, deixando nossas cabeças na mesma altura.

— Por favor, me deixa explicar o porquê sai do seu mundo... — Lydia implorou olhando para mim. Fiquei exposto, refém do olhar tão intenso. — E eu preciso cuidar de você, não sei muito o que fazer, mas descobri que aqui tem um chuveiro que funciona!

A última frase do céu... Não posso chamá-la de céu!

A última frase de Lydia foi o que mais me chamou atenção. Estava suado, o corpo melado. E tinha sangue em mim. Muito sangue nos pés e eu odeio sangue. Um chuveiro resolveria isso.

O Pequeno pedaço do céuTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang