Cap.3 📸

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Detetive Almeida

Era difícil me concentrar apenas nas cartas quando ela ficava desfilando de shorts curto e mini top na minha frente, Kayla parecia fazer de propósito, talvez, ela soubesse o que sua postura causava entre minhas pernas. Eu estava sendo muito infantil, admito, mas estava começando a sentir algo atrevido por ela.

Não era exatamente o que imaginava, e acho que já havia deixado isso claro, Kayla parecia determinada e ousada, não conseguia entender como poderia estar sendo ameaçada por alguém.

- Não está querendo me sequestrar, não é? Não ganho o suficiente para pagar um resgate. - Brinquei, ela desligou o alarme do carro e se enfiou no banco traseiro, de novo. -
- Vou dirigir?

- Já fez isso uma vez. - Sorriu cínica, comecei a achar que ela não tinha carta de motorista, ou talvez, nem ao menos soubesse dirigir mesmo.

- Vai trocar de roupa de novo? - Questionei, sou homem e estava louco para ver aquela calcinha rendada outra vez.

Kayla não me respondeu e para um bom entender, meia palavra bastava, neste caso, nenhuma palavra também bastava. Liguei novamente o carro, dessa vez, por saber exatamente o que ela faria no banco detrás, virei o retrovisor para cima. Sempre fui um homem de princípios, mas até mesmo um homem como eu poderia perder a cabeça vendo uma mulher naqueles trajes. Ainda mais se tratando de Kayla, ela era tão bonita, atraente.

- Me sinto um motorista particular. - Retruquei quando já estávamos passando pela praça central.

- Um cargo para poucos. - Eu não estava a olhando, mas poderia jurar que Kayla sorria. - Conhece Chop's night?

Meu cenho enrugou, o que essa mulher queria com um lugar tão vulgar e inapropriado para uma senhorita como ela?

- O que quer com esse lugar? - Acho que minha voz saiu um pouco reprovadora, devido a forma que ela me olhou, acabei concluindo que eu não tinha nada a ver com o que ela queria lá.

- É para onde vamos.

Percebi que ela teve um pouco de dificuldade em me responder, estava lutando contra todos os monstros dentro de mim para não abaixar a merda daquele retrovisor e verificar o que ela estava fazendo. Precisava me concentrar em alguma coisa, qualquer coisa. Por minúsculo que fosse, tinha que haver algo para me impedir de olhá-la.

- Podemos ir listando seus ex namorados?

- Podemos falar disso quando chegarmos lá?

- Pensei que tivesse pressa em descobrir seu malfeitor.

Ela ficou em silêncio, me fazendo atingir o nível máximo de curiosidade. Abaixei o retrovisor de volta a seu antigo lugar, e acabei me sentindo no paraíso prestes a comer da fruta proibida.

- Você, realmente, não consegue levar seus olhos para longe de mim, não é, detetive?

Ela estava abusando do meu autocontrole, por medidas de segurança, preferi ignorar suas palavras e focar na estrada. Já estávamos chegando ao nosso destino e suas provocações poderiam me fazer parar o carro e cometer um delito.

Acho que o meu principal problema, era não saber o que se passava em sua cabeça. Ela parecia ser uma mulher madura e sábia em seus programas, alguém que realmente sabia o que estava fazendo, mas ali, dentro daquele carro, suas atitudes só me mostravam o contrário.

Ninguém teria coragem de expor o corpo para um completo desconhecido, porque apesar de estarmos há algumas horas juntos, ainda éramos estranhos um para o outro... bom, para mim nem tanto, já que havia lido o relatório sobre ela antes de aceitar o trabalho.

Por Trás Das CâmerasWhere stories live. Discover now