Cap.16 📸

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Detetive Almeida
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Eu precisava urgentemente de um banho, com a entrada de Kayla no hospital e com a mesma desacordada, não quis deixa-la sozinha outra vez. Não que a culpa do atentado fosse de Cooper, porque em primeiro lugar, a culpa era minha. Quem deveria estar vigiando Kayla era eu.

Cheguei em casa com um pouco de pressa, confesso que, nem ao menos, comer direito naquelas últimas horas eu havia conseguido. Carlos estava jogado no sofá, com a tevê ligada no canal de futebol, virou a cabeça ao ouvir o barulho da porta abrir e arqueou a sobrancelha.

— Como ela tá? — Questionou com um sorrisinho nos lábios.

Balancei a cabeça escondendo o sorriso que nasceu em minha boca, eu disse que voltaria para a casa só quando Kayla acordasse, então aí estava o motivo de sua pergunta. Passei por ele, entrei em meu quarto e coloquei meus pertences sobre a cama.

Desabotoei minha camisa e a joguei no cesto de roupas sujas, acabei dando de cara com Carlos quando me virei. Arqueei a sobrancelha e sentei na cama para poder tirar os sapatos.

— Desembucha! — Ele tentou outra vez.

— Está perfeitamente bem, vai receber alta amanhã cedo.

Deixei meu quarto indo em direção ao banheiro do corredor e a cada passo que eu dava, podia ouvir os passos de Carlos atrás de mim. Soltei um suspiro me virando de frente para ele e me encostei no batente da porta. Eu amava meu irmão, mas ele tinha que parar de ser tão inconveniente.

— E essa pressa é para voltar ao hospital? — Ele sondou, também arqueou a sobrancelha e sorriu de canto.

— Sim, vou passar a noite com ela no hospital. — Rolei os olhos, Carlos riu.

— Ah, cara, você está de quatro pela estrelinha da tevê.

—Não enche, Carlos! — O alertei e dei as costas.

— Se você falasse que ia passar a noite com ela no motel, me deixaria menos frustrado. — Ele entrou atrás de mim, isso me fez parar e o encarar com afinco.

— Carlos, eu não me meto em sua vida sexual e seria muito agradável, se você fizesse o mesmo em relação a mim.

O fato era que meu irmão pensava que eu não tinha uma vida sexual ativa, então sempre ficava jogando mulheres para cima de mim. E eu era muito reservado quanto aos meus sentimentos e desejos, não saía por aí dando em cima de qualquer mulher. Para isso ela teria que me chamar a atenção, assim como Kayla havia conseguido.

— Se não sair agora, vou tirar a calça e você vai ver meu pau. — Coloquei minhas mãos no cós e ri baixo ao vê-lo correr.

•••••

Passei do meu gabinete antes de voltar ao hospital, Lúcia havia me ligado um pouco mais cedo para avisar que outro envelope na cor marinho tinha chegado para mim, e eu sabia exatamente quem era o remetente. Para falar a verdade, estava esperando por uma cartinha dele, com o atentado de Kayla eu supus que ele fosse mandar algo como aviso. Porque para mim, aquele atentado era apenas um susto, e não passava disso, um aviso.

— Senhor Almeida, como está sua cliente? — Lúcia me recebeu com seu sorriso doce.

— Está bem, obrigado por perguntar. Onde está o envelope? — Questionei com uma certa pressa, mas a pressa vinha mais pelo fato de querer ir para o hospital, do que ver o conteúdo do envelope.

Por Trás Das CâmerasOnde histórias criam vida. Descubra agora