Cap.20 📸

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Detetive Almeida
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Podia sentir os olhos dele me fulminando, mas eu deixaria claro onde era seu lugar na vida de Kayla. Se o relacionamento de ambos não deram certo no passado, era sinal de que não era para ser, caso contrário, ele não seria ex, e sim atual.

Também devo confessar que me comportei com uma possessão sem medidas, mas perto de Kayla eu costumava não ter noção dos meus atos. Era como se meu corpo desligasse e fosse comandado pelo som da sua voz.

Mesmo que aquela competição tivesse me agradando, percebi o quanto Kayla estava completamente sem graça, e eu odiava vê-la assim. Gostava daquela Kayla sem filtros na língua ou pudor algum. Era essa Kayla atrevida que havia me conquistado. Além do mais, havia outra pessoa completamente confusa com a nossa pequena discussão.

— Perdoe o mal comportamento desses homens, enfermeira. — Minha bonita desculpou-se, mas eu via um sorriso de canto que me encantava muito. — Então, agora que o duelo de machões acabou, podemos partir?

— Posso estar enganado, mas o médico não veio dar alta. — Rafael encostou na beirada da cama e acabei respirando fundo.

— Ah, sim! Era isso o que eu vinha fazer quando fui raptada. — Senti um pequeno tom de divertimento na voz da enfermeira. — Ele estava vindo liberá-la pessoalmente, senhorita, mas precisou ir para uma cirurgia de emergência.

— Então estou liberada?

Ver Kayla tão animada por ganhar uma alta, me fez rir pelo nariz. Ainda que o hospital não fosse meu local preferido, pelo menos havia passado uma noite com ela e não me arrependia disso. Na verdade, acho que faria tudo de novo...

— Sim. — A enfermeira voltou a sorrir, transformou seu rabo-de-cavalo em um coque, colocou o ray-ban de Kayla e nos olhou, aguardando instruções.

— Bom... — Levantei a voz para chamar a atenção de todos. — Vou levar Kayla para a saída dos fundos...

Peguei o celular em meu bolso e disquei o número de Cooper, sabia que era abusar de sua boa vontade, mas só me vinha ele na cabeça que pudesse nos ajudar naquele momento. Meu amigo era muito competente em seu trabalho, tanto que atendia o telefone no primeiro toque.

“— Fala, Almeida!” — Dei minhas costas para Kayla ao notar seu olhar de falcão para cima de mim.

— Cooper, está por perto?

“— Defina perto, cara!”

— Perto do hospital. — Rolei os olhos, porque ele sabia bem onde eu estava. — Preciso de um favor.

“— Manda.”

— A entrada está cheia de jornalistas, penso em sair com ela pelos fundos...

“— Vai dar um olé neles? Entendi. — Senti o cinismo rondar sua voz, também poderia jurar que ele estava com aquele sorrisinho irônico nos lábios. — Vou estar parado lá em dez minutos.”

— Valeu. — Desliguei o celular e encarei Kayla, tentando esquecer que aquele homem ainda estava entre nós, respirando o mesmo ar que eu. — Cooper precisa de dez minutos para chegar, já poderíamos deixar vazar que você está se arrumando para sair...

— Isso, assim eles ficam alvoroçados e esquecem que tem outra saída. — Ela sorriu para mim, de uma maneira que fantasiou mil coisas em meus pensamentos, mas logo levou sua atenção para o idiota ao lado. — Pode dar uma força, Rafa?

Vi que ele se mexeu desconfortável com a pergunta, tinha a impressão de que a sua vontade era de ficar justamente ali, talvez pensasse que estava nos atrapalhando em algo, mas isso seria uma suposição boba. Eu agarraria Kayla na frente de qualquer um, principalmente dele.

Arqueei a sobrancelha e cruzei os braços, não queria parecer intimidador, mas talvez, só talvez, eu tivesse fazendo isso sem querer... querendo. Apesar de sua atitude me irritar, no final me alegrava. Quanto mais Rafael agisse assim, mais pontos perderia com Kayla. E quando finalmente decidiu sair, pude voltar a respirar suave e sorri ao olhar para Kayla.

— Devo esperar o rapaz voltar? — A enfermeira questionou.

— Sim, espere aqui. — Conferi o relógio em meu pulso. — Vamos, Cooper já deve ter chegado.

Suspendi minha mão para que ela segurasse, e quando a mesma o fez, senti a necessidade de colar seu corpo ao meu e ficar assim, abraçando-a eternamente. Deixamos o quarto e caminhamos com pressa pelos corredores do hospital, não queria que ninguém nos visse, porque poderia colocar nosso plano por água abaixo.

Já do lado de fora, avistei o carro de Cooper com a porta traseira aberta. Fomos em sua direção e entramos, ali já não me sentia fisicamente cansado, porque estar do lado de fora do hospital fazia meus neurônios trabalharem normalmente.

— Tudo vai voltar ao normal. — Tranquilizei Kayla, que parecia tensa em meus braços.

— Esse é o meu medo.

Senti um certo desespero em sua voz. Eu sabia que ela não gostava da vida que levava e que estava decidida a não abandonar tudo isso, então pensei que uma distração lhe faria bem. Bom, também devo admitir que, estava doido para mostra Kayla para minha família.

— Quero leva-la comigo ao aniversário da minha avó.
Kayla sorriu diante do convite inesperado.

— Sério? — Arqueou a sobrancelha, ponderando o assunto.

— Ah, sim...Meu pai mora com ela e é provável que algum outro parente vá, mas são todos acolhedores.

— Parece um convite bom para se pensar. — Deu-me uma piscadela.

— Pois então pense a respeito, boneca. — Beijei sua testa com carinho e Cooper nos olhou pelo retrovisor, após meu aceno de cabeça, ele movimentou o carro, mas eu não sabia ao certo para qual direção iríamos.

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⏰ Dernière mise à jour : Apr 18, 2018 ⏰

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Por Trás Das CâmerasOù les histoires vivent. Découvrez maintenant