Cap.19 📸

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Senhorita Mendes ☘
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— O que disse? — Questionei perplexa.

— Que talvez você não tenha encontrado o amante certo, Kayla. Mas eu posso esperar.

O fitei com afinco, tentando descobrir se havia algum índice de sarcasmo em suas palavras, porque me recusava em acreditar que ele estava sendo tão idiota e imbecil.

— Você é inacreditável, detetive.

— Ainda não, mas serei. — Soltou uma piscadela descarada e sorriu de canto.

— É arrogante, machista... não sei como concordei de você dormir aqui. Talvez eu te jogue da cama. — Bufei.

— Eu a levaria comigo. Aposto que está sem nada por baixo do lençol. — Seu olhar parecia querer me devorar, mas me senti completamente exposta.

Ele havia acertado em tudo, eu estava há muito tempo sem ter relações e minha vida sexual era totalmente frustrada. Só que isso não havia me incomodado tanto, até ouvir de sua boca. Me senti miúda, sem vida, rejeitada, algumas lágrimas escaparam dos meus olhos e percorreram meu rosto.

— Bonita, estava apenas te provocando, não queria magoá-la. — Senti a preocupação em sua voz e logo seus dedos vieram resgatar minhas lágrimas.

— Talvez tenha chegado perto da verdade, detetive. Isso quando comentou que sou sexualmente frustrada. — Respirei fundo, tentando me controlar.

Nic não disse mais nada, entendeu que naquele momento eu não queria ouvir, e sim sentir. Abraçou-me apertado, de uma forma que consegui sorrir em meios as lágrimas e adormeci ali.

Sentindo seu peito subir e descer por conta da respiração, ouvindo seu coração bater, de uma forma que fazia me sentir em casa e mantendo contato com seu corpo, que não esquentava apenas a minha pele, como também a minha alma.

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— Feche os olhos e finja que não amanheceu ainda.

A voz sussurrada ao meu ouvido, rouca e manhosa, causou um turbilhão de reações em meu corpo. Meus olhos passearam pelo quarto, tentei arrastar meu corpo para fora da cama sem acordá-lo, mas fui bruscamente interrompida pela voz de quem acabara de acordar.

Olhei em sua direção e sorri, atordoada por tamanha beleza logo pela manhã. Não sei explicar como, mas Nic ficava incrivelmente mais bonito e apetitoso com sua cara amassada, cabelos desgrenhados e olhos miúdos por conta do sono. Ousei beijar seu tórax, mesmo que não conseguisse ter contato direto com sua pele. Ele suspirou abrindo um de seus olhos e me fitou. Parecia um felino atento a sua presa.

— Bom dia! Como está?

— Duro! — Respondeu sem pudor.

— Não sei se aprovo seu linguajar. — Me fiz de ofendida, ele riu gostoso e eu desejei que ele não parasse, porque ele conseguia ser ainda mais apetitoso rindo.

Passou os braços em volta do meu corpo e me levou até ele novamente, me mantendo perto, parecia ter medo que eu fugisse.

— Você pode provar outras coisas. — Arqueou a sobrancelha em um charme irresistível.

— Detetive... eu disse aprovar, não provar. Limpe essa mente suja. — Dei um leve tapa em seu abdômen.

— Kayla, não acordar duro depois de passar a noite sentindo essa bunda gostosa esfregar em meu pau, seria quase impossível. — Continuou me olhando e acabei deixando um sorriso malicioso escapar, porque eu havia me esfregado nele de propósito. — Fez de propósito, não fez?

Por Trás Das CâmerasWhere stories live. Discover now