Cap.14 📸

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Detetive Almeida
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Era de madrugada e eu acabava de revisar alguns relatórios que havia feito sobre o caso. O ar estava quente, mas também frio.

Respirei fundo quando peguei minhas evidências em mãos, eu não havia conseguido muita coisa, mas acho que estava no caminho certo. Ao sair do galpão dei uma passada pelo laboratório de perícia, precisava me certificar que não havia nada naquele compartimento e quase golpeei o ar quando uma amiga da época de faculdade me atendeu.

Com sua ajuda tive acesso aos registros da queda do helicóptero e ela acabou me contando algumas coisas que não foram expostas aos noticiários. O chefe dela havia mandado apreender os documentos que estavam naquele compartimento e não quis que mais ninguém soubesse sobre aquilo. Perguntei se ela sabia onde ele havia guardado, mas ela disse que provavelmente, os documentos estariam no cofre do seu escritório.

— Consigo uma distração? — Questionei olhando-a. Ela analisava em seu computador se o escritório estaria vazio ou não.

— Estou tentando falar com a secretária dele. — Disse sem olhar-me. — Parece que ele foi para a casa mais cedo hoje.

— A secretária é sua amiga? Consegue um passe para mim?

— Não, mas talvez ela mude de ideia ao te conhecer. — Sorriu presunçosa, demorei para entender do que ela falava.

Balancei a cabeça olhando ao redor, o laboratório era restrito, isso fazia com que tivesse poucas pessoas dentro. Minha entrada foi autorizada apenas por dez minutos, então eu tive que agir nas pressas.

— Você é um belo homem, Nícolas. Na faculdade você pegava geral, manda seu charminho para cima dela que consegue acesso.

— Adoro esse meu dom. — Conferi as horas em meu celular, sorri olhando-a. — Pode avisar que estou indo para lá?

— Sim, senhor!

Sorri abertamente, depositei um beijo rápido em suas bochechas e deixei o laboratório. Eu tinha pressentimentos bons, não via a hora de pegar esses documentos em mãos e saber o que era tão importante a ponto do nosso chefe de perícia manter escondido.

Depois, em poucos minutos já estava no local indicado, estava vazio, mas algumas luzes permaneciam acesas. Entrei e fui direto a única mesa ocupada do lugar, a moça nem tão jovem me recebeu com um sorriso largo.

— Você deve ser o detetive. — Sua voz era de afirmação, sorri assentindo. — Eu sou Mariana! Gisele me falou que precisa de acesso ao escritório do meu chefe, talvez eu consiga para você.

— Eu agradeço sua ajuda, Mariana, mas poderia me dizer o que te faz ajudar um completo estranho? Sabe que pode perder seu trabalho se ele descobrir que me ajudou?

Arqueei a sobrancelha esperando por sua resposta. Quando eu tinha amizade com a pessoa, sabia que poderia contar com sua ajuda para qualquer coisa, mas, no entanto, essa mulher não era nada minha e eu nunca havia lhe visto antes. Então sua ajuda passava a ser um pouco suspeita para mim.

— Odeio meu trabalho e odeio o meu chefe. — Sussurrou como se as paredes pudessem nos ouvir. Olhei ao redor para me certificar de que estávamos em segurança e foi então que notei as câmeras de segurança desligadas. – Eu as desliguei, temos cinco minutos até os seguranças perceberem.

— Um hacker? — Questionei curioso.

— Nas horas vagas. — Sorriu e deu uma piscadela, preciso dizer que ela me atraiu a atenção?

Por Trás Das CâmerasWhere stories live. Discover now