Cap.13 📸

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Detetive Almeida
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Não tive tempo para descansar após descer no aeroporto do litoral, na verdade, eu poderia ter ido a um hotel e ter deixado a investigação para mais tarde ou para o outro dia, mas eu precisava terminar tudo em tempo para o final de semana.

Em minhas pesquisas mais avançadas, descobri que Kayla teve um namorado possessivo no passado e que esse mesmo sujeito, havia sofrido um acidente de helicóptero e caído no mar. A polícia achou apenas os destroços, o corpo não fora encontrado e isso me chamou a atenção.

O acidente aconteceu um mês antes de Isabela Mendes falecer após um ataque na rua, o hospital dissera que ela havia sido vítima de um assalto enquanto descia do seu carro à noite, para entrar em um restaurante, mas, e se não houvesse sido apenas um assalto?

— Detetive Almeida?

— Tenente Richard! — Cumprimentei o tenente da marinha. — Chequei as informações que me mandou por e-mail mais cedo.

— Alguma novidade?

— O corpo não foi encontrado, assim como nenhum documento que poderia pertencer ao homem que pilotava o helicóptero, só conseguimos recolher os destroços.

Isso não era nenhuma novidade para mim.

— Tenho acesso? – Peguei um papel que o tenente levantava no ar, logo percebi que era uma imagem do dia do acidente.

Meus olhos analisaram com cuidado, ainda assim, não pareciam ter reunido todas as partes do helicóptero.

— Posso dar um jeito nisso. — Me respondeu com um sorriso sacana na boca e apertamos as mãos.

Encontrar o balcão onde guardavam todas as provas e evidencias, não foi uma missão difícil e posso dizer que fiquei surpreso com todo o conteúdo que havia naquele lugar.

Coloquei as mãos dentro da calça e um assovio saiu por entre meus lábios, eu me sentia dentro de um parque de diversões.

A área era extensa, pegava quase três quadras do bairro industrial da cidade, era um ótimo lugar para esconder evidências. Procurei pelo interruptor e quando o achei, liguei todas as luzes. Eram centenas de carros apreendidos, isso sem contar em algumas lanchas e iates, aquele lugar parecia uma relíquia para mim.

Sempre tive a ambição de ganhar uma promoção, algo que me desse acesso a adrenalina das ruas, ao invés da comodidade de um escritório. Tudo bem, admito que minha posição era boa, mas não me deixava muito feliz.

Sentia necessidade de uma agitação e trabalhar como detetive, nem sempre me dava o que procurava. Olhei para o papel em minha mão, onde estava anotado a ala em que foram colocados os pedaços do helicóptero e comecei a andar.

Confesso que parava no meio do caminho para dar uma olhada em outras coisas, não tinha como estar naquele lugar e ignorar tudo o que havia em volta. Era muitas provas e evidencias, o sonho de qualquer detetive.

— Achei você. – Minha voz saiu morna quando encontrei o que tanto procurava. Eles haviam tentando reconstruir o helicóptero para poder ver a linha de fabricação, mas haviam partes faltando, ainda assim, se eles tivessem ido um pouco mais a fundo na investigação, talvez, houvessem conseguido alguma coisa.

Me joguei de joelhos no chão e entrei por baixo tentando encontrar alguma coisa que eles tivessem deixado passar despercebido, não me importava se não descobrisse nada, mas queria ver com meus próprios olhos antes. Minhas costas ficaram apoiadas contra o chão e minhas mãos alisavam cada parte reconstruída e faltava exatamente onde marcava a linha de fabricação.

Por Trás Das CâmerasOnde histórias criam vida. Descubra agora