Cap.12 📸

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Senhorita Mendes
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Passei o dia inteiro aguardando pela ligação de Nicolas, ele havia falado que gostaria de marcar outro encontro, então, supus que ele já houvesse investigado os três primeiros da lista, só que o problema foi aquele acidente que tivemos dentro do carro. Desejava com todas as forças que ele não houvesse desistido de mim por conta daquilo, quer dizer, desistido do meu caso.

Eu precisava dele, precisa de verdade que ele desse continuidade em seu trabalho, estava disposta em ajudar no que fosse possível. Cheguei em casa depois de um longo dia de gravações e me surpreendi ao ver um homem de terno preto e pose rígida, parado no meio da minha sala de visitas. Meu cenho enrugou, no mínimo, esperava encontrar o detetive Almeida ali e não outro homem do departamento.

— Olá. — Cumprimentei, estava meio perdida. Nana levantou-se do estofado macio em que sentava e caminhou ao meu encontro. Meus olhos caíram sobre o distintivo do homem e acabei ficando mais perdida ainda.

— Senhorita Mendes?

— A própria. — Respondi ao me aproximar, aquele homem parado em minha frente, manteve seu olhar sobre mim, como se me observasse com atenção. — Em que posso ajudar, senhor...?

— Detetive Cooper. — Estendeu a mão esperando que eu a pegasse, e assim eu fiz. — Detetive Almeida pediu para que eu assumisse seu caso essa semana.

— O que? — Pude ouvir o estalo do meu queixo quando chegou ao chão.

Não podia acreditar que Nícolas havia passado meu caso para outro detetive, será que estava tão frustrado assim? Se ele era bom como milhares de pessoas diziam ser, não podia misturar o pessoal com o profissional, que tipo de homem faz isso?

— Ele viajou a negócios e para manter a senhorita em segurança enquanto está fora, pediu esse favor a mim. — Respondeu de prontidão, sério.

— Ele não é mesmo um homem agradável? Mesmo quando precisou viajar pensou em sua segurança. — Nana sorriu, parecia feliz com a atitude do detetive, eu já não poderia dizer o mesmo, isso para mim cheirava a desculpas para não me encontrar. Ele estava me evitando.

— Pois bem, senhor Almeida disse quando volta? — Questionei colocando minha bolsa sobre o sofá.

— No final de semana. — Colocou as mãos dentro dos bolsos da calça e voltou a me observar com atenção.

— Porque ele pediu a você que me protegesse? É segurança? — Arqueei a sobrancelha o sondando, por qual motivo o detetive colocaria um segurança em minha cola?

— Trabalho no mesmo ramo que ele. — Continuou ao me ver confusa. — Seu pedido foi de modo pessoal, não profissional, por algum motivo ele pensa que você deve ser atacada em algum momento.

Essa informação, que poderia ter sido omitida de mim pelo simples fato de me deixar nervosa, acabou fazendo alguns pelos do meu corpo se arrepiarem.

— Ele deixou todas as informações necessárias sobre a senhorita, mas devo perguntar se há alguma coisa a mais que eu deva saber. — Disse em seu tom astuto e profissional.

— Ele falou sobre a lista que esta investigando?

— Sim, mas não tenho permissão em prosseguir. Detetive Almeida pausou a investigação dos suspeitos e retomará quando chegar do litoral.  — Respondeu sem emoção.

— O que ele foi fazer no litoral? — Arqueei a sobrancelha, talvez ele não estivesse fugindo afinal.

— Lamento, informação restrita!

Ele era mais careta do que Nícolas, pelo amor! Céus, como eu odiava homens sérios e de cara fechada. Eles simplesmente não me desciam, pareciam estar escondendo alguma coisa sobre o passado e nunca parecia ser algo bom.

— Há alguma coisa que eu possa fazer pela senhorita?

Apenas neguei com a cabeça para não dar continuidade em nossa conversa, avisei que iria tomar um banho e que logo desceria para comer alguma coisa, pois estava pensando em sair com Yohanna. O detetive deu uma balançar de cabeça, abriu os botões do seu terno e sentou-se em meu sofá, dando a entender de que iria me esperar.

Peguei minha bolsa, dei as costas e acabei deixando meus olhos rolarem sem querer, eu esperava do fundo do coração que Nícolas houvesse viajado a trabalho mesmo. Subi as escadas com pressa, queria a minha banheira cheia de espumas. Me despi com cuidado e joguei as peças de roupas em seu devido lugar, enquanto a banheira enchia liguei meu notebook para ver algumas informações sobre o detetive Cooper.

Mesmo que Nícolas o houvesse mandado, não poderia confiar cem por cento neste homem, eu nem o conhecia. Mas, em meio a essa busca, acabei encontrando informações sobre Nícolas, ambos pareciam ser muito amigos, já que na maioria das fotos, os dois estavam juntos.

Sempre segurando algum certificado em mãos. Acabei concluindo que fora uma boa escolha ter mandado Cooper em minha casa, parecia ser tão competente quanto Nícolas, isso me agradou. Não o fato da competência de Cooper, mas sim, a preocupação de Nicolas em querer me manter segura. Isso devia de ser algo bom, certo?

Talvez, ele houvesse viajado a trabalho mesmo.

Olhei com atenção para a foto do detetive Nícolas, ele tinha um brilho no olhar... um brilho que parecia estar perdido, isso fez algo passar por minha cabeça. Talvez ele também tivesse fantasmas em seu passado, afinal, todos têm. E eu estava muito curiosa em saber quais eram, mas para isso eu teria que falar dos meus e eu não sabia se estava preparada para isso.

Talvez o detetive já até soubesse sobre eles, já que dizia ter feito sua lição de casa sobre mim.

Voltei ao banheiro e deixei meu corpo repousar dentro da banheira, a água quente entrou em contato com minha pele, fazendo-me relaxar por inteira. Tombei meu corpo para trás a fim de escorar minha nuca na borda e fechei os olhos. Minha mente viajou para lugares não mapeados e proibidos.

Não demorou para que a cena de dois dias atrás chegasse até mim, o detetive parecia tão excitado e, sua excitação me deixou à beira de um colapso.

Minhas mãos começaram a fazer o mesmo caminho que as mãos dele fizeram naquela noite, era como se eu ainda pudesse sentir todo aquele calor emanar de nossos corpos. Estávamos em sintonia, um entregue ao outro, meus desejos mais profanos aflorando sobre a pele e fazendo uma vibração descer de encontro a minha intimidade.

Abri os olhos arfando ao ver o que eu estava fazendo, meus devaneios haviam feito meus dedos pegar o caminho do paraíso e quase me masturbei pensando no detetive. Pisquei várias vezes não acreditando no que eu ia fazer, balancei a cabeça meio inconformada e sorri para mim mesma. Já que eu havia começado, que mal teria em terminar?

Fechei os olhos na esperança de ter as imagens do detetive dominando minha mente de novo e isso não demorou para acontecer, apertei meus seios sentindo minha intimidade vibrar em excitação, levei minha mão para mais além e passei os dedos com delicadeza por cima do meu clitóris. Estava inchado.

Será que o detetive aprovaria se me visse desta forma por causa dele?

Meu quadril começou a se movimentar, sentindo aquele choque gostoso que meus dedos causavam, logo, me vi aumentando a velocidade. Minha boca entreabriu e deixei um gemido escapar, em seguida, outros gemidos vieram. A água balançava dentro da banheira formando ondas, meu corpo prestes a se perder no melhor orgasmo masturbado que eu já tivera.

Soltei meu último grito quando senti as coxas inferiores da minha perna se contraírem, deixei minha cabeça pender para trás e respirei desajustado. Um sorriso malicioso surgiu em meus lábios e acabei soltando um riso baixo.

— Obrigada, detetive Almeida.

Por Trás Das CâmerasWhere stories live. Discover now