Cap.15 📸

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Detetive Almeida ☘
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Pausar minha investigação sobre o malfeitor de Kayla, não estava nos planos, mas ela sofrer um atentado também não estava, apesar de eu ter desconfiado que isso acabaria acontecendo. Isso também provava outra hipótese, a pessoa estava a par de todos os nossos movimentos, com a minha saída da cidade, ela conseguiu dar um passo e tentar contra Kayla... o que de fato, não acho que tenha sido um atentado, talvez houvesse feito isso apenas para traumatiza-la, o que poderia ter dado certo, se ela não fosse essa mulher tão forte.

Sair do seu lado estava fora de cogitação, eu sabia que estava indo contra toda a lógica ética sobre detetive e cliente, mas isso não teria acontecido se eu não houvesse lhe deixado tão só. Cooper era muito bom no que fazia, mas confesso que ter o deixado em meu lugar foi um erro que eu não voltaria a cometer.

Então, mesmo quando sua governanta pediu com educação que eu fosse para casa, porque segundo ela, seu dever era de cuidar de Kayla, também precisei do meu autocontrole para responder de forma educada, que esse também era o meu dever... o que no caso, não era. Mas eu precisava de um motivo ou uma desculpa para ficar com ela.

Kayla conseguia mexer com toda a minha sanidade, mesmo quando não estava por perto, era algo incontrolável para mim. Me pegava pensando em seu olhar, em seus lábios... principalmente em seus lábios, uma vez que, consegui prová-los. Era como se aquela boca atrevida me convidasse ao pecado cada vez que era aberta.

Isso também me fazia lembrar de que havia proibido a mim mesmo de nutrir sentimentos por ela, mas diante do que senti... do medo evidente em perdê-la quando soube sobre seu atentado, me fez crer que tentar não nutrir sentimento era perda de tempo, uma vez que, eles já haviam se alastrado em meu coração e ganhado força.

Eu odiava vê-la tão pálida sobre aquela cama de hospital, minha vontade de abraçá-la e protegê-la chegava a queimar em meu corpo, não sabia como resistir a essa mulher e nem sabia se realmente queria isso. Tentei abafar o caso do seu atentado das mídias, mas isso era um a missão impossível e eu esperava que Kayla soubesse ligar com imprensa e paparazzo loucos por uma exclusiva.

— Você irá receber alta amanhã, logo pela manhã e isso já é informação pública. — Ela bufou irritada. — Se conseguir manter a calma na hora das especulações, seria de grande ajuda.

— Não respondeu minha pergunta, caro detetive. — Ela parecia levemente magoada, então supus que sua irritação vinha do fato de não ter ganhado uma resposta, quando a mesma me questionou se eu sentia algo por ela.

Mas entendam, sua pergunta era algo que não havia uma resposta concreta, eu não sabia o que falar porque também não sabia como agir diante dela. Era como se ela roubasse toda a minha inteligência, como se eu não pudesse raciocinar ao ver seus lábios movendo-se lentamente. Eu perdia o foco.

— Ah, sim, a pergunta... — Respirei fundo para tentar ganhar tempo. — Cuidar do bem-estar dos meus clientes, sempre está incluído em meus serviços.

— Então é isso? Apenas isso? Sou apenas uma cliente para você?

O tom de indignação estava evidente em sua voz. Eu só estava tentando não ser tão evasivo em minha resposta porque eu gostava de Kayla e gostava pra caramba, mas isso não era algo para ser discutido naquele momento ou naquele lugar.

Respirei pesado e passei os dedos em minhas têmporas.

— Kayla... o que espera de mim?

— Que não seja covarde e assume a merda dos seus sentimentos. — Sua voz alterou, o que fez meus olhos arregalarem em espanto.

Por Trás Das CâmerasWhere stories live. Discover now