2 - A visita de Harry

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-Mas não perca as esperanças, eu ainda vou convencer Jessie e George a sequestraram você.

Olívia se levantou muito cedo na manhã do dia 30 de Julho de 1993, mas não podia evitar estar mais ansiosa para aquele dia. Ela conseguira convencer Jessie, sua mãe adotiva, a fazer algo quase impossível, considerando que Jessica era do tipo que listava todos os contras de uma situação situação, daí George listava todos os prós e acabava por ganhar um tapa na cabeça, nunca conseguindo convencê-la a fazer algo, mas daquela vez eles obtiveram sucesso. Conseguiram convencer Jessie a falar com uma amiga da Comissão de Regulamentação da Rede de Flu, no Ministério da Magia. Apenas falar. O processo até Jessie aceitar e sua amiga ligar, de fato, as lareiras de sua casa com a dos Dursley havia sido longo, principalmente a primeira parte, mas isso não importava mais, o que importava era que a conexão entre sua casa e a casa de Harry havia sido criada, por isso estava tão feliz, seu plano finalmente funcionaria. E, para melhorar as coisas, ela completaria 13 anos no dia seguinte. Dia 31 de Julho.

De repente, começou a se perguntar como seria se ainda vivesse no Orfanato com as garotas trouxas, provavelmente já teria conseguido mandar mais algumas delas para o Hospital por acidente, já que elas, com certeza, conseguiriam tirar a garota do sério e sua magia acabaria quebrando uns braços aqui, uns narizes ali, coisas do tipo. Como seu aniversário seria no dia seguinte, ela provavelmente começariam com aquela história de "As bruxas ficam mais poderosas nos dia do aniversário delas". Por Deus, tinha que agradecer eternamente a Jessica e George por a terem tirado daquele pesadelo, mas, infelizmente, a situação de Harry não era a mesma e ela odiava isso, ele costumava enviar cartas contando o que havia feito o dia todo, o que incluía fazer café da manhã para os tios, fingir que não existia e fazer os deveres de Hogwarts às escondidas, isso era péssimo. Já havia se perguntado várias vezes se não poderia ajudar Harry a fugir ou se seus pais adotivos não poderiam simplesmente adotá-lo também, mas as coisas não eram tão simples assim, nunca seriam. Ah, se seus pais estivessem vivos, eles viveriam juntos, todos os quatro. Tiago, Lílian, Harry e Olívia Potter. Às vezes sonhava com eles, inventando uma personalidade para cada um, já que ninguém falava muito neles, talvez porque ela nunca perguntava, mas também não tinha certeza se alguém poderia lhe contar algo sobre eles. Sabia que, quando George era do primeiro ano, seus pais estavam no sétimo, ele lhe contara que Tiago Potter era famoso por pregar peças e fazer brincadeiras com os alunos, Filch odiava ele e seus amigos, que faziam uma verdadeira baderna em Hogwarts, sobre sua mãe ela não sabia quase nada, afinal, não dava pra descobrir a personalidade de uma pessoa só por fotos e algumas poucas cartas, mas já era algo saber que seu pai era brincalhão.

Porém, por mais que fosse uma fantasia linda, Lilian e Tiago Potter estavam mortos havia 12 anos e não iriam voltar, eles haviam ido para sempre e não valia a pena viver sonhando com eles ou fantasiando realidades falsas e se esquecer de viver, seus pais não gostariam disso. Mesmo sem conhecê-los, tinha certeza de que eles gostariam que, tanto Harry quanto ela, fossem felizes. Quanto à felicidade de Harry ela não podia fazer muito além de mandar cartas, torcer para primeiro de setembro chegar o mais rápido possível e fazer o que ela faria naquele dia, tirar ele daquele pesadelo por pelo menos um dia, eles tinham que viver.

E para viver ela precisaria se levantar, o que seria um enorme sacrifício, como era todas as manhãs. Depois de mais alguns minutos, ela finalmente se levantou, tomou banho e se vestiu, ainda com sono, até que George bateu em sua porta.

-Bom dia, pirralha, pronta?

-Sim. -Respondeu, acostumada com o apelido. -Como está a Jessie?

-Bem, considerando os recentes acontecimentos.

-Ah, claro. -Ela sorriu. -Hormônios da gravidez, uma pena que não vou estar aqui pra te ajudar, sobrou pra você.

-Ah, não se preocupe com isso. -Ironizou. -Vou ensiná-la a trocar fraldas quando você voltar para casa em Junho, Liv.

OLÍVIA POTTER [3]Where stories live. Discover now