OLÍVIA POTTER [3]

19 - O Mapa do Maroto (Parte 2)

-Então Black era o fiel do segredo dos Potter?

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A passagem em si era uma longa curva. Ela andava com cuidado pra não tropeçar no chão acidentado, segurando a varinha com firmeza à sua frente. Depois de aproximadamente uma hora, a passagem começou a subir. Dez minutos mais tarde, chegaram ao pé de uns degraus de pedra muito gastos, que subiam até que não conseguisse mais enxergar. Tomando cuidado para não fazer barulho, Olívia começou a subir, sua cabeça bateu em alguma coisa dura quando já se encontrava no alto. Parecia um alçapão. Ouviu algo que parecia uma risadinha abafada e deu um leve chute na cabeça de Harry.

-Ai! Olívia! -Exclamou, fazendo-a sorrir.

-Ops... Desculpa.

Muito devagarinho, empurrou o
alçapão e espiou pela borda.
Deparou-se com um porão, cheio de caixotes e caixas. Olívia subiu pelo alçapão e manteve-o aberto para Harry passar. Ele avançou lentamente até a escada de madeira que levava ao andar superior. Agora conseguia ouvir vozes, além do som agudo de uma sineta ao fechar e abrir de um porta. De repente, passos se aproximaram e Olívia abriu a mochila rapidamente, tirando de lá a capa de invisibilidade, Harry abriu-a e os dois logo estavam escondidos.

-E traga mais uma caixa de lesmas gelatinosas, querido, eles praticamente levaram tudo... -Disse uma voz feminina. Então apareceu um homem robusto deslocando caixas na parede oposta, de costas para os dois e tapando a porta. Rápida e silenciosamente, subiram as escadas na primeira brecha que o bruxo careca deu, ao atravessar uma porta se encontravam atrás do balcão da loja de doces.

-Por que mesmo estava com a capa?

-Ué, ela também é minha. -Respondeu baixo, guardando-a de volta na mochila antes de se levantar. Harry semicerrou os olhos para a mesma. -Eu pedi para o Fred e o Jorge arrumarem um jeito de nos contrabandearem pra cá hoje, cabeção, trouxe a capa para se precisasse.

Ninguém olhou duas vezes para eles, o lugar estava cheio demais. O cheiro adocicado era familiar da última vez que estivera ali, gostava bastante daquela loja. Havia prateleiras e mais prateleiras de doces com a aparência mais apetitosa que se pode imaginar. Tabletes de nugá, quadrados cor-de-rosa de sorvete de coco, caramelos cor de mel;
centenas de tipos de bombons em fileiras arrumadinhas; havia uma barrica enorme de feijõezinhos de todos os sabores, que não eram seus favoritos. Se espremeu entre os alunos do sexto ano que enchiam a loja e viu um letreiro
pendurado no canto mais distante do salão (SABORES INCOMUNS), finalmente achando o que procurava.

-Erca, não, Harry não vai querer esses, muito menos a Olívia, são para vampiro, imagino. -Dizia Hermione para Rony, enquanto examinavam uma bandeija com pirulitos de sangue.

-E esses aqui? -Perguntou Rony, enfiando um vidro de cachos de barata embaixo do nariz de Hermione.

-Decididamente não. -Ela e Harry falaram em uníssono.

Rony quase deixou cair o vidro.

-Olívia! -Berrou Hermione, assumindo uma careta bastante brava. -Harry! Que é que vocês estão fazendo aqui? Como... foi que você...?

-Uau! -Exclamou Rony, parecendo muito impressionado. -Você aprendeu a aparatar!

-Claro que não. -Harry baixou a voz de modo que nenhum dos alunos de sexto ano pudesse ouvir e contaram aos amigos sobre o Mapa do Maroto.

-Como é que Fred e Jorge nunca me deram esse mapa? -Perguntou Rony indignado. -Eu sou irmão deles!

-Mas eles não vão ficar com o mapa! -Afirmou Hermione como se a ideia fosse ridícula. -Vão entregá-lo à Prof. Minerva, não é?!