Capítulo 40: Confusão

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Eu não consigo dormir! Eu, simplesmente, não consigo dormir. Pensamentos sobre os acontecimentos do dia anterior deixaram minha mente cheia e aterrorizada.

Uma grande merda! Aonde fui me meter, hein?

Resolvida de que não conseguiria dormir esta noite, eu me levantei silenciosamente, tomando cuidado para não acordar Chloe que dividira a cama comigo.

Ela ressonava baixinho e sorria em seus sonhos secretos. Eu fui olhar as outras e ver se estavam todas bem. Afinal, é minha função como líder dessa missão louca.

Angel roncava como uma leitoa com problemas respiratórios, um fato. Hill dormia com a cara afundada no travesseiro, parecia estar morta. Audrey dormia em uma posição estranha que eu não sei descrever, outra que roncava como leitoa.

Eu caminhei até a sacada do quarto e sentei no muro com as pernas pra fora. Eu contemplei o lago que refletia o céu negro e os pálidos raios da lua, banhando o céu.

Minha cabeça doía em um grande nó, pensamentos frenéticos tomavam conta dela.

Em um grande impulso pulei no lago, a queda livre me dava uma sensação tão boa. Já sentia a adrenalina sendo liberada na corrente sanguínea.

E senti o impacto da água, e logo submergi. Eu senti a água revigorando cada músculo e me deixando relaxada.

Quando eu iria emergir, senti uma mão em meu ombro. Me assustei e virei para trás, rapidamente.

"Peitho? O que faz aqui?" Eu pergunto confusa.

"Minha soberana, o lorde Poseidon me designou pra te orientar nesta missão." Ela diz com uma expressão serena com um diminuto sorriso.

"Meu pai?" Eu perguntei pasmada.

"Sim. E posso te dizer que você e seus amigos estão no caminho certo. Mas devo alerta-la que haverá muitos perigos nessa aventura. Tome cuidado!" Ela diz e em um brilho azul ela some.

Droga! Isso só me faz confundir a cabeça. Acho que o melhor à fazer é deixar para lá. Não adianta esquentar a cabeça por algo que ainda não aconteceu. Com esse pensamento em mente, eu subo para superfície.

Eu paro no cais e me viro para o lago torcendo o cabelo. Dessa vez eu me permiti ser molhada. Estava pingando e tremendo de frio, mas foi bom.

Eu me viro, de súbito, ouvindo uma movimentação atrás de mim. Meu punho já estava armado para o bote. Mas era apenas Ethan com um sorriso maroto.

Ele me pegara no flagra: molhada; com frio, beirando à resfriado; punho levantado, em sinal de defesa; olhos esbugalhados e coração pulando batidas, em um claro sinal de que fui pega de surpresa.

"Perdeu o sono?" Ele perguntou sereno com um sorriso de lado.

"Não o encontrei em nenhum momento para perde-lo." Eu digo, simplesmente, um pouco mal humorada.

"Eu também perdi." Ele diz se sentando no cais, ignorando o tom ferino de minhas palavras.

"Vem cá!" Ele diz dando um tapinha no seu colo.

Meu coração pulou uma batida, sinto meu rosto se esquentar imediatamente. Eu abaixo meu olhar em constrangimento.

"Eu estou molhada." Eu balbuciei envergonhada, corando loucamente

"Não tem problema. Venha!" Ele murmurou rouco, com um meio sorriso.

E ao ouvi-lo, sua voz me provocou arrepios por todo meu corpo.

Sem dizer mais nada, eu venço meu constrangimento e me sento em seu colo, ainda envergonhada.

Ele me aninha em seus braços fortes e eu descanso minha cabeça em seu peitoral. Meu nariz tocou de leve em seu pescoço. Eu aspirei seu perfume másculo que eu não sabia descrever, mas que era tão bom e inebriante. Que me fazia sempre querer mais dele.

A Filha de PoseidonOnde histórias criam vida. Descubra agora