Capítulo 41: Confusão Parte II

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Ethan dormiu ao meu lado. Ele ressonava baixinho e, às vezes, sorria. Como Chloe, quando tinha bons sonhos.

Repentinamente, uma sensação de estar fazendo algo errado tomiu conta de mim. Uma sensação sufocante e esmagadora. Eu me sentei abrupta sentindo meu coração acelerar do nada. Ethan não acordou, apenas se vorou para um lado oposto à mim e continuou a dormir.

Eu levantei da cama e caminhei até a janela. As águas do lago se agitavam em um balançar suave e cadenciado. Uma brisa fresca assoprou, refrescando a noite. Eu já sentia o cheiro de chuva.

O que eu estou fazendo de errado? O que meu coração quer falar comigo?

Eu passei as mãos em meu  ondulado que corria como uma cascata e atingia a minha cintura.

Eu comecei a pensar em Alec de repente, a pensar em nossa história, em nosso amor que parece está acabando ou sendo suprimido.

Eu comecei a me lembrar, do qui em que o conheci, de nossa infância chiclete. Não conseguíamos ficar um dia sem mos ver ou falar. Éramos inseparáveis!

E tudo acabou de repente, e começou a ficar inseguro e eu intolerante aos ciúmes dele. Ele perdeu a cabeça, eu perdi a cabeça.

E fui eu que dei um ponto final nisso. Sim, fui eu.

Nós dois erramos, nós dois perdemos a cabeça, mas fui eu que terminei tudo. Fui eu. Eu senti uma dor no meu peito e meus olhos se encheram de lágrimas.

Fui eu que dei um ponto final em nossa história!

Um soluço imrrompeu por minha garganta, mas eu o sufoquei e comecei a chorar em silêncio. Como eu fazia quando Anthony ia para as guerras.

Droga! Depois eu comecei fazer esses planos pra fazer mais ciúmes em Alec, envolvi Ethan nisso e agora estou tão confusa. Ethan é um homem maravilhoso, mas eu não sei dixer se eu o amo. Eu mal o conheço!

Droga! Eu sou tão burra! Idiota! Ethan errou, fez um terremito em copi da água. Mas, eu tinha que ter paciência com ele. Pois, se fosse ao contrário e tivesse uma calanga na parada, eu iria rodar a baiana mesmo. E se ele sentiu ciúmes de mim, é porque ele me ama. E todo mundo cuida daquilo que é seu. Ele só se exasperou e me chingou. Mas quem nunca errou na vida, não é? Aí! Por que tudo tem que ser tão confuso?

Mais um soluço irrompe pir minha garganta mas, já trato de suprimi-lo. E a motivo dessa sensação deprimente que tomou conta de mim é revelada: estou no quarto de um outro homem, nos braços de outro, beijando outro homem que eu estou me apaixonando.

O que eu fiz?

Eu olho pra Ethan que dorme alheio à essa tempestade que há dentro de mim.

Ah, Eros! Boa hora wue você escolheu pra brincar com meu coração. De repente, essas brincadeiras de amor me oareceram tão vis e traiçoeiras. Mas, não vou colocar a culpa mo coitado do cupido, eu tenho parte nessa culpa!

A chuva começa cair lá fora e a ouço bater suavemente na janela, causando um leve tilintar.

Mais um aperto é sentido em meu peito ao constatar que fui eu que impus essa distância entre nós dois. Nos amamos em silêncio desde criança e nós estamis acabando com esse amor.

Lágrimas torrenciais não param de cair por meu rosto. E saio do quarto do Ethan e começo a vagar pela casa, silenciosamente e sem direção. Como um fantasma. Abraço meu próprio corpo em um consolo solitário e ofego devagar para calar as lágrimas.

Eu começo a descer as escadas silenciosamente. Sem saber onde andar, meus pés tinham vida própria e me guiavam sem sequer eu pensar.

Eu andei até a porta e a abri. E o vento da chuva que caia suave me atingiu, me fazendo tremer de frio. Mas, não me importava, minha cabeça estava carregada demais para importar com isso.

A Filha de PoseidonWhere stories live. Discover now