Capítulo 61: Perplexa

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Eu acordei pela tarde, um tanto perdida quanto ao espaço e tempo. Não me lembrava a onde eu estava ou que dia era hoje. Perdi a noção de tudo. A única noção que eu tenho se é dia ou noite. Porque de resto já perdi o fio da meada faz tempo.

Eu acordei com uma estranha sensação de paz. Não era qualquer uma, era devastadora e que me preenchia a alma.

Eu ouvi a voz do meu pai e ele me dizia que estava chegando. Isso me encheu de bom ânimo e paz mas, foi só eu abri os olhos e dar de cara com a caverna sombria que eu já me lembrei aonde eu estava.

Eu olhei para Chloe, ela estava dormindo. E ela parecia estar mais pálida do que antes. Eu cheguei mais perto de sua cela e respirei amedrontada.

Algo está errado.

Eu cheguei mais perto ainda, o máximo que as minhas algemas e a grade me permitiam. Minha sorte de que ela estava escorada sobre a grade.

Estranho!

Sua respiração estava fraca, sua tez estava mais pálida do que normal, ganhando um coloração uma tanto fantasmagórica. Ela mal se mexia e mal podia se ver os movimentos de sua respiração.

Ela está morrendo!

Eu respiro fundo para me acalmar, não adiantaria de nada ficar histérica. Ainda dá tempo de salvá-la. Oceano atingiu os limites de sua mente doentia, ele com suas refeições escassas deixou ela em ponto entre a vida e a morte.

Preciso fazer alguma coisa!

Eu estou fraca mas, ainda sinto meu poder dentro de mim. Vou transferir parte de minha energia e poder para ela. Mesmo que isso me traga consequências ruins é necessário para sobrevivência dela. Só preciso fazer isso o mais rápido possível, antes que o Titã e as três galinhas vejam. Que por sorte não estão aqui.

Eu seguro a mão de Chloe suavemente e constato que seu pulso está tão fraco quanto sua respiração. Eu fecho os olhos, aguçei meus ouvidos para ver se vinha alguém e comecei a transferência.

A transmissão de poder e de energia durou por um minuto. Uma tatuagem foi se formando no dorso da mão direita a qual eu segurava. Quando a transferência terminou eu pude ver melhor a imagem, era uma tatuagem de um tridente e uma estrela cadente transpassava o tridente no meio. Eu tombei a cabeça como um cachorrinho, totalmente confusa.

Isso parece uma benção! Não faz sentido! Somente um deus pode abençoar um semideus. Será que tem haver com o fato de eu ter todos os poderes de meu pai?

Eu resolvi esquecer isso e perguntar para o meu pai quando aparecer. Repentinamente, um brilho estranho me tirou de meus devaneios. A tatuagem no dorso da mão de Chloe brilhava em um azul Royal. Franzi o cenho confusa. Chloe respirou fundo e abriu os olhos negros tão familiares para mim. Sua cor voltou ao normal e sua boca voltou à sua cor original. Ela estava melhor, seu pulso estava mais forte.

Ela espreguiçou e abriu um lindo sorriso.

"Por quanto tempo dormi?" Perguntou ela com uma voz arrastada pelo sono.

"Não faço mínima ideia, eu acordei agora a pouco. Não me dá outro susto desse por favor." Eu sorri com lágrimas rolando pelo rosto. Eu afaguei suas mãos com um sorriso abatido.

"O que eu fiz? O que aconteceu? No entendi nada." Ela disse confusa passeando sua mão direita pelo cabelo até que ela viu a tatuagem.

"O que é isso? O que aconteceu? Por que você está chorando?" Ela perguntou com uma cara engraçada.

"Você estava morrendo Chloe, suas reservas energéticas chegaram ao limite. Nem seu poder foi capaz de te salvar." Eu falei pausadamente para que ela compreendesse e não se assustasse. Mas, ninguém recebe a notícia de que quase morreu numa boa, ainda mais uma adolescente.

A Filha de PoseidonOnde histórias criam vida. Descubra agora