Capítulo 48: A Máscara

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Senti um cheiro forte em minhas narinas e rapidamente acordei. Todos me olhavam preocupados e me senti envergonhada, mas nada se passou pelo meu rosto, eu o mantive neutro.

"Droga! Desmaiei, né?" Eu falei com raiva em minha voz, demonstrando meu incomodo com aquela situação. Eu senti os braços de Alec me afagarem suavemente, foi ai que reparei que ele estava atrás de mim.

Droga! Justo quando não quero que eles esquentem a cabeça por minha causa, essa merda acontece! Já basta estarem nessa merda de lugar por mim.

"O que aconteceu?" Angel perguntou direta, como uma flecha. E sua expressão não era das melhores, acho que ela já sabe que estou escondendo algo dela. Por mais que eu nunca escondi nada dela, eu fui cara de pau e disse:

"Nada, acho que minha pressão caiu. Fiquei muito tempo sem comer nada." Eu respondi com uma risada que fiz de tudo para sair espontânea.

Por mais natural que meu riso saiu, pra mim ele ainda tinha um quê de falsidade, o deixando muito forçado para mim.

Todos riram menos Angel  e pude notar que o sorriso de Alec saiu amarelo. Eu olhei pra ela com um sorriso e ela arqueou uma sobrancelha, como se dissesse: Você pode convencer a todos, menos à mim. Mas, essa vou deixar passar.

Parece que não os convenci. Estou ferrada!

"Vamos comer, depois se aprontem para dormir. Eu e Maya ficamos de guarda primeiro. Acordaremos às sete da matina." Ela falou olhando diretamente, com sua típica expressão de: Você esta ferrada!

Eu juro que tentei não fazer uma expressão de pânico, ainda bem que só saiu uma careta. Tudo aquilo só indicava que Angel faria um interrogatório daqueles. 

Eu não sou muito de usar minha cara de pau, mas nessa noite terei que tira-la do baú e usá-la como nunca usei.

Comecei a tirar minha refeição da bolsa e comecei a comê-la calmamente, como se estivesse alheia à expressão descontente de Angel e à desconfiança de Alec. Ou eles estão me enxergando como cara de pau se fingindo de inocente ou como se estivesse realmente alheia àquela pressão toda que eles estava colocando sobre mim. E realmente não sei qual é o pior, mas tenho plena certeza que Angel não estava me vendo como inocente, tenho certeza que ela está me vendo como cara de pau e esta louca para tirar satisfação comigo.

Seja o que for... estou ferrada! E tenho absoluta certeza de que esta noite será longa.

...

Apos comer minha refeição na maior calmaria fingida, eu me levantei e coloquei meu cinto com as espadas. Fui ver se tinha outra fonte d'água, como a outra clareira. E como tudo nessa vida de semideusa, eu fui simples e unicamente pelo instinto. Aliás é só assim que eu consigo usar meu poderes plenamente: só sigo os instintos. E, por enquanto, isso é o bastante para suprir minha ignorância sobre o uso dos mesmos. Não sei se é a mesma coisa pra todos os semideuses, mas para mim sempre tive bastante facilidade para usa-los. Isso gerou uma grande dúvida sobre mim, tanto que me levou ao ímpeto de perguntar.

Eu me virei para e me aproximei um pouco deles, parei e pus minhas mãos na cintura. E deixei  minha dúvida estampar meu rosto. Eles pararam de conversar ao ver que eu iria perguntar algo.

"Por acaso, você tiveram dificuldades para aprender a usar os seus poderes?" Eu perguntei curiosa.

"Por que a pergunta?" Alec devolveu minha pergunta com outra. Seu rosto era neutro, mas eu sabia que ele desconfiava de algo. 

 

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A Filha de PoseidonWhere stories live. Discover now