Poison

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Desligo, coloco as louças sujas no lavador de louças, jogo mais uma água no corpo, me enrolo na toalha e vou para o quarto. Eu não conheço nenhuma das roupas que estão aqui, espero que consiga arrumar algo legal e descolado para minha primeira noite em Chicago.

Depois de revirar meu closet, constatei que tenho roupas para pelo menos três pessoas vestirem tranquilamente. Optei por algo ousado, porém elegante. Uma saia de couro preta de cintura alta, regata de seda branca e um salto preto com joias douradas. Sequei o cabelo fazendo-o cair em ondas pelos meus seios, fiz uma maquiagem para noite e vi que já eram quase meia noite. Mandei uma mensagem para Ivy.

Ivy, estou pronta. Quando quiser ir, me manda uma mensagem. Vamos de taxi ou de carro? Bjs. Phoebe :)

Dez minutos depois Ivy me chamou no Whatsapp

Ivy: Phoebe, te encontro em frente ao prédio, vamos de taxi. Não tenho coragem de arriscar meu carro dirigindo bêbada. Rs, bjs

Phoebe: Estou descendo, até mais

Joguei meu celular dentro da minha bolsa de mão.

O elevador não demorou muito para chegar. Quando cheguei à frente do prédio, Ivy já estava me esperando, seus amigos não estavam com ela.

– Phoebe, minha nossa! Você está linda! – Ela bateu uma mão da outra em tom de aprovação. Ela também não estava nada mal, vestia um vestido azul royal justo que cobria até metade das suas coxas e usava um salto preto que realçava sua pele branca.

– Você também está linda, Ivy! Então, onde fica essa Poison?

– É aqui perto, mas não dá para ir a pé. – Ela fez sinal para um taxi que passava por ali parar. – Nós vamos encontrar Riley e Louise na boate, vamos? – Ivy fez sinal para eu entrar no taxi e ela me seguiu. Disse aonde íamos, a viagem foi curta, contei um pouco sobre meu emprego novo e ela me prometeu que eu não voltaria sóbria para casa. Ela era muito simpática e engraçada e eu tive que brigar com ela para pagar o táxi.

Passamos pelos seguranças da boate sem ter que esperar na fila que dava volta no quarteirão, quando passamos pela porta, eu tive certeza que iria voltar bêbada para casa.

A boate era escura e tinha luzes de todas as cores existentes piscando em todas as direções, o segundo andar continha sofás para as pessoas se sentarem, o bar pegava todo o canto da parede direita, tinham algumas pessoas apinhadas por ali, Ivy segurou minha mão e me levou até lá.

– Então, Phoebe. Vamos começar com uma dose de tequila para esquentar e depois vamos beber alguma coisa doce para nos animar mais um pouco, combinado?

Na verdade, eu até topava a tequila, mas preferia bebida doce daqui a pouco.

– Eu prefiro a tequila e depois uma cerveja, se você não se importar.

– Ok, vou pedir ao garçom. – Ela fez um sinal com a mão e o garçom veio nos atender, ela fez o pedido, logo em seguida estávamos virando nossas doses. A tequila desceu queimando em minha garganta e trazendo uma quentura desconfortável ao meu estômago. O garçom entregou o copo rosa choque de Ivy e minha long neck de budweiser. Ivy digitava furiosamente em seu celular e às vezes levantava a cabeça para olhar em volta. De repente um sorriso brincou em seus lábios.

– Vem, eles estão na pista dançando, vamos lá dançar também. – Ela agarrou minha mão e antes que eu pudesse dizer algo, eu estava sentindo várias pessoas se roçarem em mim, algumas eu tive certeza que intencionalmente.

Ivy soltou minha mão e deu um gritinho de alegria quando encontrou seus amigos.

Louise era baixinha e usava um vestido preto soltinho, seus cabelos negros como a noite roçavam suas pontas em seus ombros, já Riley era o oposto, era alto, fazia aquele tipo de homem que toda mulher quer e acima de tudo tinha um sorriso encantador.

– Louise, Riley. Essa é minha amiga de Seattle que falei a vocês. Phoebe, esses são Louise e Riley.

Louise me abraçou e me desejou boas vindas, Riley se limitou a um sorriso e um aceno com a cabeça, não sei por que, mas me senti intimidada diante daquele monte de músculos que emolduravam sua camisa pólo. Ivy nos incentivou a dançar, não sei de quanto em quanto tempo e nem por quem, mas a cerveja da minha mão nunca acabava e a cada gole, eu me sentia mais segura a dançar e deixar meus instintos me levarem.

Senti alguém se aproximar e abri os olhos, era Riley.

– Nossa, você gosta mesmo de dançar, Phoebe! – Seu tom era brincalhão e eu ri calorosamente em resposta.

Então em questão de minutos estávamos todos dançando juntos, Riley com Louise e eu com Ivy.

– Phoebe – Ela tinha que gritar no meu ouvido, pois a música estava muito alta. – Não olha agora, mas tem um cara a sua direita que esta te encarando a noite toda e garota, se você não for lá esfregar essa sua bunda desenhada por essa saia nele, eu juro por Deus que eu o faço! – Eu a encarei até receber um aceno positivo com a cabeça indicando que eu poderia olhar e quando me virei, dei de cara com o cara mais gato que eu já tinha visto na minha existência.

O desconhecido-gostosão não estava muito longe, segurava uma cerveja com uma das mãos e a outra estava enfiada no bolso da frente da calça e Ivy tinha razão, ele estava realmente me encarando. Levantei a cerveja para cumprimentá-lo à distância e ele repetiu meu gesto.

Nossa, ele é realmente gostoso. Seu cabelo era preto, não conseguia ver direito seu rosto, mas vi que seu queixo era quadrado, ele vestia uma camisa branca com o colarinho aberto e uma calça jeans preta. Ele era incrivelmente gato.

Puta que o pariu, eu queria esfregar minha bunda nele.

Ele fez um gesto perguntando se podia se aproximar e eu sorri, afirmando com a cabeça.

Ai. Meu. Deus.

Desde quando eu fiquei tão idiota perto de um homem?

E o gato misterioso se aproximou, desviando às vezes de algumas mulheres atiradas que tentavam esfregar a bunda em seu quadril. Merda! Era isso que eu queria fazer!

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